O lado B da produtividade em trabalho remoto

O lado B da produtividade em trabalho remoto

A recomendação para que as pessoas evitem aglomerações trouxe uma nova realidade aos brasileiros. O aumento de casos confirmados de coronavírus tem alterado a rotina de empresas em todas as regiões do País, que passaram a liberar seus funcionários para a prática do home office.

Se por um lado o trabalho em casa é uma das melhores alternativas para evitar o contágio, por outro, desafios como a manutenção do nível de produtividade e entrega dos colaborares fazem com que alguns gestores liguem o sinal de alerta, iniciando o estabelecimento de regras sem fim para que o ritmo do trabalho presencial se mantenha. Entre as maiores preocupações estão a procrastinação e a perda de foco. Mas, será que na prática as normas funcionam?

Para a líder da Área de Pessoas da Lambda3, Patrícia Kost (foto), não existe regra ou passo a passo de boas práticas que comprovem eficácia e resulte em mais produtividade durante o trabalho remoto.

“É preciso entender que as pessoas têm perfis diferentes, portanto, uma mesma regra com determinação de horários e protocolos idênticos para todos pode não funcionar, ainda mais quando o foco principal é a entrega. Alguns funcionam melhor no período matutino, outros no vespertino, então isso deve ser considerado. Vale lembrar que os resultados são mais importantes que ficar bitolado em frente ao computador”, argumenta Patrícia.

Com base no comportamento dos colaboradores da empresa em dias de home office, Kost sugere que, ao invés de seguir cartilhas, gestores e times considerem um conjunto de fatores que podem ser mais tornar o cotidiano remoto mais efetivo.  

Confiança e parceria

O momento atual requer adaptações, tanto no modelo de trabalho remoto como no próprio lar das pessoas. Em algumas situações, é comum que os profissionais encontrem dificuldades na execução de tarefas. “Sabemos que lidamos com adultos responsáveis. Como a confiança é imprescindível nas relações entre gestores e colaboradores, chegamos a orientar que algumas pausas sejam feitas para a organização das ideias. Seja na interação com outras pessoas ou até mesmo em cochilos de 20 minutos, esse ‘desligamento temporário’ pode ser necessário para quem está habituado com a rotina em um ambiente de trabalho e se vê isolado, sem uma equipe por perto de uma hora para outra. Mas sempre com responsabilidade”, argumenta. 

Ferramentas adequadas

Além da necessidade de se ter boas ferramentas para trabalhar, atentar-se aos riscos de segurança virtual é importante. “Existem diversos aplicativos disponíveis para a comunicação, mas em tempos de vazamentos e de informações e ataques de hackers, é essencial zelar pela segurança dos arquivos compartilhados entre equipes. Optamos pelo Teams, que permite conversas em chats, videochamadas e compartilhamento de materiais de forma ágil somente com as pessoas na conversa e armazenados em uma pasta em nuvem. Por meio desta ferramenta, inclusive, os eventos semanais voltados aos colaboradores que tínhamos de forma presencial, agora são feitos no modo online”, explica.

Respeito à rotina e particularidades

Por mais que um colaborador pratique o home office e tenha em mente suas prioridades profissionais, o surgimento de atividades voltadas ao lar podem acontecer. Da mesma forma, algumas pessoas têm particularidades que devem ser levadas em conta. “Os líderes de times precisam entender que isso também acontece. Do almoço aos filhos ao controle de medicamentos dos pais, por exemplo, é válido especificar quais tarefas são, de fato, prioridade para haja um equilíbrio. Outro ponto é entender quando a pessoa não conta com bom sinal de internet. Para reuniões, por exemplo, o ideal é que as chamadas em vídeo sejam evitadas, fazendo com que uma ligação seja mais eficaz”, recomenda Patrícia.

Comunicação clara

No ambiente presencial é comum as pessoas acenarem quando chegam ou vão embora do trabalho. “É um gesto simples que comunica aos demais quando estamos disponíveis. O mesmo deve acontecer no home office. Na Lambda3, percebi que a adoção de uma comunicação clara entre os times tem facilitado o andamento da rotina. Se o colaborador precisa, por exemplo, ir à farmácia basta alinhar com a equipe e todos saberão que por determinado tempo ele estará indisponível. Tenho percebido que essa prática simples tem ajudado a aumentar engajamento e novas ideias, em uma comparação com a rotina presencial”, finaliza.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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