65% dos brasileiros pagariam mais por produtos de lojas que priorizam saúde e segurança de clientes

65% dos brasileiros pagariam mais por produtos de lojas que priorizam saúde e segurança de clientes
23/03.2020 Farmacia cumprindo a regulamentação. Foto Gilson Abreu

Quase dois terços (65%) dos brasileiros estão dispostos a pagar mais por produtos em lojas que estão fazendo um trabalho melhor para garantir a saúde e a segurança de seus clientes durante a pandemia. Destes, 84% pagariam até 10% a mais no valor do item, 12% pagariam até 25% a mais e 4% pagariam acima de 25% a mais.

O dado faz parte da “Consumer Health and Safety Brasil”, uma pesquisa sindicalizada realizada com 800 pessoas de todo o Brasil e comercializada pela Ipsos.

O estudo tem como objetivo mapear informações sobre o que faz os consumidores se sentirem seguros em pontos de venda físicos, comparando resultados de diferentes setores de atividade e região e oferecendo insights e estratégias possíveis para a retomada comercial após a flexibilização das restrições impostas pela pandemia.

Medidas mais relevantes

No estudo, os respondentes avaliaram quais medidas implementadas pelos estabelecimentos para manter os clientes saudáveis e seguros durante a crise sanitária consideravam mais relevantes.

Em primeiro lugar, ficou a obrigatoriedade do uso de máscaras por clientes, citada como uma precaução essencial por 54% dos ouvidos. Já o uso de máscaras por funcionários apareceu na segunda posição, com 51%.

A medida de disponibilizar álcool em gel para clientes dentro da loja veio em terceiro (45%), seguida da disponibilidade do mesmo na porta de entrada (44%).

Fechando o top 5, ter funcionários desinfetando carrinhos de compras, entrada e caixas à vista dos consumidores foi considerado essencial por 38%.

Dos 800 entrevistados que participaram da pesquisa, 88% disseram ter visitado um supermercado nos últimos 30 dias, 76% foram à farmácia, 52% ao banco, 45% ao posto de gasolina e 36% frequentaram um armazém/mercearia.

O “novo normal”

A pesquisa apontou ainda que 75%, ou seja, três em cada quatro consumidores ouvidos, não se sentiriam confortáveis em voltar imediatamente a frequentar pontos de venda físicos uma vez removidas todas as restrições de funcionamento impostas pelas autoridades, como limitação de ocupação, limitação de dias e horários de funcionamento, exclusividade de horário para determinados públicos, alteração de rotina, dentre outros.

Destes, 10% esperariam uma semana antes de voltar às lojas e instalações comerciais, 14% retornariam em 2 ou 3 semanas e 13% em um mês. Um terço (32%) só se sentiria confortável em voltar depois de, pelo menos, 3 meses e 7% dizem que nunca se sentirão bem novamente em pontos de venda físicos.

Considerando a base de pessoas que demonstra desconforto, 63% dizem que teriam medo de ficar doentes e 55% se preocupam que haveria muita gente comprando nas lojas.

Na hipótese de remoção das restrições e reabertura total, apenas 14% dos entrevistados afirmaram que estariam confortáveis em voltar a frequentar estabelecimentos comerciais imediatamente; 10% não souberam responder.

O estudo “Consumer Health and Safety Brasil” foi realizado com uma amostra de 800 brasileiros com idade acima de 18 anos de todo o país, que visitaram pelo menos uma empresa nos setores pesquisados nos últimos 30 dias. O levantamento dos dados aconteceu entre os dias 19 e 26 de junho de 2020. A margem de erro é de 3,5 p.p..

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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