Expectativa X Capacitação: como se preparar para o mercado de trabalho pós-pandemia?

Expectativa X Capacitação: como se preparar para o mercado de trabalho pós-pandemia?

A pandemia causada pelo novo coronavírus tem impactado profundamente a sociedade em diversos aspectos, inclusive o profissional. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no fim de agosto, 12,8 milhões de brasileiros estão desempregados.

Outra informação importante trazida pelo IBGE, dessa vez, no início de agosto e referente ao segundo trimestre de 2020, é o aumento da taxa de informalidade, isto é, a quantidade de brasileiros que estão trabalhando sem carteira assinada que é de 30,8 milhões, ou representa 36,9% da população ocupada.

Márcia Glomb é advogada especialista em Direito do TrabalhoEsse cenário de demissões e deterioração do emprego gera insegurança para o futuro. Afinal, como estará o mercado de trabalho quando tudo voltar à normalidade? Quais serão as habilidades e qualificações exigidas para conseguir um emprego no pós-pandemia? Para destrinchar essas questões, é preciso analisar dois pontos cruciais.

O primeiro tem relação com a retomada da economia. O maior desafio, tanto por parte dos governos quanto dos empresários, será recuperar os níveis de atividade econômica, os postos e os índices de remuneração dos trabalhadores.

De acordo com economistas, quando o pico da pandemia passar, será necessário tomar algumas medidas, como reformas administrativas e tributárias, continuidade na política de proteção social, análise do teto de gastos do Estado e investimentos públicos, visto que será muito difícil para o setor privado se recuperar sozinho.

O segundo ponto afeta diretamente os profissionais (formais ou não), que precisarão se adaptar à nova realidade. Durante o período de distanciamento social, muitos puderam realmente perceber – alguns pela primeira vez – a força e a importância da tecnologia para a continuidade dos negócios, e isso não deve mudar.

As pessoas que forem buscar emprego no pós-pandemia, principalmente as mais jovens, precisam ter em mente que o modelo de trabalho, agora, é mais híbrido, mais multidisciplinar, tem mais flexibilidade e requer novas competências. O escritório físico e o home office, por exemplo, tendem a se incorporarem mais; habilidades como criatividade, colaboração e boa comunicação, que já estavam sendo requisitadas há um bom tempo, ganharam ainda mais relevância.

O fato de o mercado estar mais concorrido, com a diminuição na oferta de vagas, é um alerta para a necessidade de manter-se atualizado, por meio da educação continuada. O que foi aprendido na faculdade ou em cursos de anos atrás já não é suficiente para o contexto atual das empresas.

É importantíssimo preparar-se para as mudanças no setor trabalhista a partir da crise, por isso, enquanto a rotina não volta ao normal e as contratações não recomeçam, os que estão sem uma ocupação no momento devem apostar em cursos profissionalizantes e de especialização, os quais garantem autodesenvolvimento e maiores chances de conseguir uma boa vaga com a retomada gradual dos índices de emprego.

O artigo foi escrito por Márcia Glomb, que é administradora de empresas, advogada especialista em Direito do Trabalho e atua no Glomb & Advogados Associados.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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