Saiba qual é o futuro da economia pós-Covid

Saiba qual é o futuro da economia pós-Covid

Aos poucos, a economia e a vida têm-se adaptado ao “novo normal”. A reabertura econômica proporcionada pela queda nos indicadores de novos casos e mortes em decorrência do coronavírus tem criado novos postos de trabalho, além de dar fôlego ao caixa de empresas. Mas como será o futuro da Economia, passada a pandemia de Covid-19?

A professora de Economia e coordenadora do Núcleo de Estudos da Conjuntura Econômica da Fecap, Nadja Heiderich, traça alguns cenários de como será o futuro no campo econômico.

Efeitos

A especialista diz que ainda é cedo para mensurar o impacto econômico que a Covid-19 trouxe, porque ainda estamos sentindo os efeitos da pandemia.

Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico preveem retração da economia mundial em torno de 4,5% para 2020. As medidas de contenção e redução resultaram em redução de horas trabalhadas 10% maior que durante a crise de 2008.

Segundo a projeção da maioria dos economistas do mundo, o impacto é maior que a crise financeira de 2008 e a crise atual é a pior crise desde a depressão de 1930. Todo o mundo foi afetado. No auge da crise, o PIB dos Estados Unidos caiu 32%, enquanto o G7, grupo dos países mais industrializados do mundo, apresentou recuo médio de 11,9% em sua economias Já países emergentes como Chile (13,7%), México (19%) e Índia (23,9%) também tiveram prejuízos no primeiro semestre.

Crise no Brasil

A crise econômica no Brasil não foi diferente, mas, em comparação com outros países, até que se saiu bem. Sentimos o baque nos meses de abril e maio: o IBGE mostrou queda de 9,7% na nossa economia.

Dos três setores principais do PIB brasileiro, apenas a Agropecuária apresentou saldo de 0,4% de crescimento, enquanto a Indústria (12%) e Serviços (quase 10%) recuaram.

O Brasil já tem dado sinais de retomada. Desde maio, os indicadores mostram recuperação. A Indústria, por exemplo, tem crescido de 8 a 9%; sem esse crescimento ser, no entanto, suficiente para rever as perdas de março e abril, que foram de 27%.

E apesar do País ter feito a lição de casa e o governo ter criado programas de crédito para manutenção de emprego, estímulo à economia e o auxílio emergência, para voltar a crescer de fato, o Brasil precisa continuar com as reformas estruturais e mudar a base da economia, sem esquecer das questões ambientais e sociais.

Futuro de desigualdades

Apesar do pior já ter passado, pelo menos aparentemente, a herança deixada pela crise poderá ser de ampliação das desigualdades para as gerações futuras. Há risco de a crise econômica tornar-se também social.

Nesse cenário, jovens e mulheres correrão mais risco de sofrer com desemprego e com a pobreza, por serem, em média, menos qualificados e trabalharem em áreas como a Indústria e o Turismo.

Nova economia

A economia vai mudar. O padrão de consumo das pessoas já mudou. A tendência é um maior avanço da digitalização, algo que já ocorria, mas se expandiu para novas áreas com as demandas de isolamento impostas pela pandemia.

O e-commerce também tem uma tendência de aumento. Novos postos de trabalho devem ser criados, enquanto outros mais ligados ao atendimento ao público devem ser extintos.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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