Tecnologia de mapeamento digital deve representar um mercado de US$ 50 bilhões até 2030

Tecnologia de mapeamento digital deve representar um mercado de US$ 50 bilhões até 2030

De acordo com a Research Dive, empresa de pesquisa de mercado, a projeção da taxa de crescimento do mercado de sensores 3D cresceu US$ 200 milhões em decorrência da pandemia. Segundo Guilherme Stella (foto), fundador da TrackFY, empresa especializada em soluções de mapeamento tridimensional para os segmentos médico, de construção e mineração, e que registrou um crescimento na demanda pelos sensores 3D LiDAR de 68% em 2021,”a tecnologia é disruptiva, pois permite um mapeamento digital 15 vezes mais rápido do que métodos tradicionais, conforme demonstra estudo desenvolvido pelo Center for Advanced Construction Information Modeling, da Universidade da Flórida”.

Stella lembra: “o LiDAR possibilita aferir medidas corporais em segundos, determinar dimensões arquitetônicas em minutos e calcular o volume de uma montanha inteira, por exemplo, em poucas horas”. Para o gestor, o crescimento na demanda pelos sensores 3D se deve a necessidade das empresas em otimizar a equipe em campo e automatizar processos, já que as mesmas viram seu efetivo ser reduzido ao longo da pandemia.

“Além disso, esta tecnologia é o que viabiliza a tão falada automação veicular. O LiDAR mapeia com rapidez, precisão e em tempo real a movimentação de objetos e pessoas ao redor do carro, possibilitando que o sistema de assistência de direção ao motorista tome decisões como corrigir a trajetória ou até mesmo parar o veículo caso seja necessário”, enfatiza Guilherme.

Segundo a Cepton, líder global em produção de LiDARs de alta performance, recém listada na Nasdaq e representada na América Latina pela TrackFY, essa tecnologia pode representar uma oportunidade de mercado de  US$ 50 bilhões até 2030.

De acordo com o estudo “Covid-19 e o futuro dos negócios”, realizado pela IBM, seis em cada dez empresas estão aceleraram seus projetos de digitalização e 51% dos executivos planejam priorizar ações desse tipo nos próximos dois anos. Outro levantamento, realizado pelo Fórum Econômico Mundial, aponta que novas tecnologias possuem não apenas um potencial para aumentar eficiência, mas conseguem também reduzir custos em até 30% em qualquer operação.

Como funciona essa tecnologia na prática?

O LiDAR (Light Detection and Ranging) é um sensor 3D de luz pulsada que, além de aferir distâncias, também consegue medir volumes com precisão e rapidez, por meio de seu laser. Presente em celulares, scanners 3D, tablets, drones e até mesmo em carros, o sensor pulsa e capta uma média de 300 mil a 1 milhão de pontos por segundo. O feixe de luz laser rebate na superfície à sua frente e o LiDAR cria um mapa digital tridimensional do ambiente ou objeto escaneado.

O segmento de construção é um exemplo de como é possível acelerar exponencialmente um processo por meio do mapeamento tridimensional LiDAR, associado à automatização dos dados. Tradicionalmente, os profissionais deste setor costumam fazer o levantamento arquitetônico a partir de trenas ou laser. Com as medidas em mãos, eles seguem para suas pranchetas ou computadores para desenhar o projeto técnico em 2D ou 3D, o que normalmente leva semanas.

Hoje, com LiDAR, o profissional faz o levantamento diretamente já no próprio tablet ou celular, a partir de um processo parecido com uma filmagem, o scanner então processa as informações no próprio local e, em poucas horas, o profissional recebe a planta 3D com todos os dados técnicos em seu e-mail. Veja AQUI como funciona. Os profissionais das áreas: médica, agricultura e mineração também tem a mesma tecnologia a mão para conferir mais precisão e otimizar seus processos.

Com os scanners 3D, hoje cirurgiões plásticos conseguem digitalizar seus pacientes em segundos e simular, na própria consulta, como ficará o procedimento estético. Agora, ortopedistas conseguem levar seus scanners em qualquer lugar e digitalizar o corpo inteiro de seus pacientes em minutos. Com o LiDAR, produtores de Eucaliptos podem medir as bitolas das árvores, de fazendas inteiras e em poucas horas, automaticamente, acoplando o sensor 3D a drones.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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