Ministério da Economia reduz para US$ 81,5 bilhões projeção de superávit comercial

Ministério da Economia reduz para US$ 81,5 bilhões projeção de superávit comercial

O aumento de gastos com fertilizantes e combustíveis fez o Ministério da Economia revisar para baixo a projeção de superávit comercial (exportações menos importações) em 2022. A estimativa caiu de US$ 111,6 bilhões previstos em abril para US$ 81,5 bilhões, redução de 27%. A cada três meses, o governo divulga uma nova previsão.

Apesar da queda, esse deve ser o melhor resultado anual da balança comercial desde o início da série histórica, em 1989. O melhor superávit comercial registrado até hoje foi no ano passado, quando o país exportou US$ 61,407 bilhões a mais do que importou, beneficiado pela valorização das commodities (bens primários com cotação internacional).

Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas do Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão, a diminuição da estimativa está relacionada aos altos custos de importações dos combustíveis e fertilizantes. “A revisão é consequência de uma despesa maior [com importações] provocada pelos preços crescentes, em razão do conflito entre Rússia e Ucrânia e de todas as disrupções que observamos nas cadeias de suprimentos”, explicou.

Tanto as estimativas de importações e de exportações subiram. A projeção para as compras do exterior subiu de US$ 237,2 bilhões previstos em abril para US$ 268 bilhões agora. Do lado das exportações, a previsão teve um leve ajuste, subindo de US$ 348,8 bilhões para US$ 349,4 bilhões. Os valores são recordes para esses parâmetros.

Impacto da guerra

A guerra entre Rússia e Ucrânia impactou a balança comercial em junho. Por causa do aumento de gastos de itens que encareceram com o conflito, o superávit no mês passado totalizou US$ 8,814 bilhões, com recuo de 15,4% em relação a junho de 2021.

Os preços internacionais dos adubos e dos fertilizantes subiu 144,7% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O preço médio dos combustíveis comprados do exterior aumentou 104,4% na mesma comparação. No trigo, outro produto que o Brasil importa em grande quantidade, a alta chega a 44,6%.

Agência Brasil

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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