Captação global de capital de risco bate recorde no primeiro semestre

Captação global de capital de risco bate recorde no primeiro semestre

A captação global de capital de risco (venture capital) registrou recorde, no primeiro semestre deste ano, e atingiu US$ 158,6 bilhões, de acordo com a última edição da pesquisa da KPMG, “Venture Pulse”. Os Estados Unidos ajudaram a impulsionar esse movimento, respondendo por US$ 121,5 bilhões apenas nesse período, em comparação com o valor anual de US$ 138,9 bilhões registrado em 2021. Já o investimento global deste recurso caiu de US$ 165,3 bilhões em 11.468 negócios no primeiro trimestre para US$ 120,2 bilhões em 8.420 negócios no segundo.

“A captação de recursos globais foi impulsionada pela atividade nos Estados Unidos, mas em um cenário macroeconômico e geopolítico global mais delicado, o investimento de capital de risco está caindo em função da maior seletividade dos investidores. Apesar disso, oportunidades em segurança cibernética, automação, gerenciamento da cadeia de suprimentos e energias alternativas continuam atraindo um interesse significativo dos investidores e devem permanecer aquecidas no próximo trimestre”, analisa o sócio-líder de consultoria em mercados de capitais da KPMG no Brasil, Rodrigo Guedes.

Apesar do comportamento mais criterioso dos investidores e do maior foco na geração ou preservação de caixa das empresas, as maiores rodadas de captação do trimestre em todas as regiões analisadas se concentraram não só nas tradicionais fintechs, mas também nas cleantechs (ligadas à sustentabilidade).

“Esse movimento demonstra o crescente interesse dos investidores em negócios relacionados às práticas ESG (meio ambiente, social e governança)”, explica o sócio-diretor e líder do programa Emerging Giants da KPMG no Brasil, Diogo Garcia.

Principais dados do levantamento

  • A captação de recursos global permaneceu muito forte, com US$ 158,6 bilhões levantados até o final do segundo trimestre deste ano – no caminho de superar o recorde de US$ 252,2 bilhões estabelecido em 2021.
  • A atividade de captação de recursos na Europa caiu do ritmo recorde, com US$ 13,3 bilhões em captação de recursos no meio do ano, enquanto a captação de recursos na Ásia permaneceu muito moderada em comparação com os recordes anteriores, com US$ 16,9 bilhões arrecadados no primeiro semestre deste ano.
  • O investimento em capital de risco nas Américas caiu de US$ 89,3 bilhões em 5.034 negócios no primeiro trimestre deste ano para US$ 66,2 bilhões em 3.778 negócios no segundo período. Os Estados Unidos foram responsáveis por US$ 62,3 bilhões em investimentos no segundo trimestre nas Américas, abaixo dos US$ 81,9 bilhões no primeiro.
  • No Brasil, os investimentos em capital de risco atingiram US$ 570 milhões em 86 transações no segundo trimestre deste ano, representando uma queda significativa em relação ao trimestre anterior que, contudo, foi o primeiro trimestre com maior investimento deste tipo na história do país.
  • O investimento em capital de risco na Ásia caiu para o menor nível em oito trimestres de US$ 24,5 bilhões em 2.206 negócios no segundo trimestre deste ano.
  • Apesar da queda para US$ 27,2 bilhões no segundo trimestre deste ano, o investimento em capital de risco na Europa permaneceu muito forte em comparação com as tendências históricas.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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