Preocupação com dinheiro afetou a saúde mental de 53% dos brasileiros

A crise econômica observada nos últimos anos, com alto índice de desemprego e endividamento, tem gerado pressão direta sobre o bem-estar físico e mental da população. É o que aponta pesquisa realizada pela Onze, fintech de saúde financeira e previdência privada que buscou entender como o dinheiro pode afetar a saúde mental dos brasileiros e desenvolver ou agravar doenças de ordem psíquica.

Das 3.172 pessoas entrevistadas de todo o Brasil, 53% já tiveram a saúde mental afetada por questões financeiras, sendo que 48% se sentem preocupadas e ansiosas ao pensar em dinheiro e 18% ficam tristes e desanimadas.

O principal motivo apontado para os sentimentos ruins foi a falta de perspectiva para a realização de sonhos e objetivos (38%), seguida pela diminuição do poder de compra pela alta da inflação (28%). Em terceiro lugar, aparecem as dívidas, com 27% das respostas, e em quarto lugar vêm as despesas maiores que a renda, com 26% dos entrevistados.

Brasil endividado

A maioria dos entrevistados possui alguma dívida. O cartão de crédito concentra a maior parte do endividamento dos brasileiros, com 45% das respostas,  seguida de empréstimo pessoal (20%) e crédito consignado (15%).

Dos ouvidos, 40% apontam que a renda cobre apenas os gastos mensais e 44% afirmam que o montante recebido mensalmente não cobre as despesas. Além disso, 84% não possuem reserva de emergência – o que só é realidade para 11% dos entrevistados, que têm até dois meses de despesas garantidas.

O que observamos, portanto, foi que o endividamento e a renda insuficiente somados à insegurança de não ter uma reserva acabam se tornando uma combinação perigosa, levando boa parte dos brasileiros a desenvolver ansiedade, insônia e depressão (problemas mais relatados pelos entrevistados).

Profissionais da psicologia apontam que uma pessoa com a saúde mental afetada entra no modo “sobrevivência”, o que pode acarretar piora da capacidade cognitiva. Todo esse quadro agrava a tomada de decisão e deixa as pessoas mais propensas a agir por impulso e a ter maior dificuldade no planejamento a longo prazo.

“Sabemos que o endividamento e o estresse financeiro são realidade para a maioria da população brasileira. Além de prejudicar a produtividade no trabalho e gerar conflitos de relacionamento, a falta de recursos pode causar inúmeros problemas de saúde e abalar a autoestima. Uma das saídas é a educação financeira para que as pessoas aprendam a gerir melhor os próprios recursos e se planejarem a longo prazo”, afirmou Samuel Torres, consultor financeiro da Onze.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *