Empresas mapeiam condições de estradas para evitar danos em cargas

Empresas mapeiam condições de estradas para evitar danos em cargas

Registradores de impacto apontam trechos mais acidentados das estradas e ajudam empresas a programar desvios de rotas ou embalagens mais resistentes

Entrou em vigor em junho a lei 14.599, que traz uma série de mudanças para o setor de transporte rodoviário de cargas (TRC). Uma delas é a obrigatoriedade de contratação do seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga (RCTR-C), para cobertura de perdas ou danos causados à carga transportada em consequência de acidentes com o veículo transportador.

No ano passado, o setor de seguro de cargas registrou R$ 5,4 bilhões em prêmios emitidos, segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep). Um risco que aumenta com a má conservação das estradas. De acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), 66% das rodovias brasileiras são consideradas regulares, ruins ou péssimas em termos de pavimento.

Para evitar perdas financeiras com danos a mercadorias, transportadores e embarcadores têm recorrido a tecnologias para monitorar as condições das estradas e programar desvios de rotas mais acidentadas ou até desenhar embalagens mais resistentes para seus produtos.

Foi o que fez uma grande fabricante de equipamentos elétricos, que enfrentava condições adversas no transporte de transformadores, reatores e disjuntores. “Apesar de aparentemente robustos, esses equipamentos são de alto valor agregado e contam com componentes sensíveis, que podem ser danificados com trepidações ou impactos durante o transporte. E uma avaria como essa pode provocar incêndios ou explosões quando estes transformadores são energizados”, explica Afonso Moreira, diretor da AHM Solution, empresa especializada em segurança na logística.

Para monitorar as condições de transporte de seus produtos, o fabricante instalou em alguns equipamentos um registrador de impactos com transmissão de dados, que indica o ponto exato do trajeto em que houve uma trepidação ou impacto que possa afetar o funcionamento destes transformadores.

O registrador de impactos, conhecido como Shocklog298, emite relatórios em tempo real durante todo o processo de movimentação e transporte da carga. “Isso ajudou o fabricante a obter evidência irrefutável das condições de transporte e planejar novas rotas. Assim, foi possível garantir que os equipamentos cheguem ao destino final com os mesmos padrões de qualidade de fábrica”, completa Moreira.

A AHM Solution tem aplicado esses e outros dispositivos em empresas de diversos segmentos na América do Sul, além de treinar equipes para o manuseio correto de produtos, com o objetivo de reduzir danos em cargas.

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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