Do entretenimento ao lucro: os perfis dos apostadores e suas motivações

Do entretenimento ao lucro: os perfis dos apostadores e suas motivações

Para especialista em análise estatística para apostas esportivas, existem grandes diferenças entre os apostadores profissionais e recreativos

Ao longo dos anos, a prática de apostas se tornou cada vez mais popular e, com o passar do tempo, diferentes tipos de apostadores surgiram. Eles podem ser divididos em duas categorias principais: os profissionais e recreativos.

Os apostadores profissionais são aqueles que se dedicam seriamente a apostas e utilizam estratégias meticulosas, análises estatísticas e habilidades para obter lucros consistentes. Eles veem as apostas como uma profissão e investem tempo e esforço consideráveis para desenvolver uma vantagem competitiva.

Por outro lado, os apostadores recreativos estão mais interessados na emoção e entretenimento proporcionados pelas apostas, geralmente apostando com orçamentos limitados e menos foco na rentabilidade de longo prazo.

De acordo com Ricardo Santos, cientista de dados especialista em análise estatística para apostas esportivas em Futebol e fundador da Fulltrader Sports, empresa líder na América Latina em Softwares Saas para Público Final de Trade Esportivo, ser um apostador recreativo pode oferecer uma série de riscos. “Realizar apostas causa uma carga altíssima de dopamina cerebral, substância que provoca a sensação de prazer, satisfação e aumenta a motivação. Porém, esse tipo de sentimento pode ser a razão por trás de escolhas extremamente equivocadas”, relata.

Quando uma pessoa aposta, existe uma chance de retorno com lucros do valor apostado. No entanto, essa expectativa nem sempre é positiva. “Se alguém decide ir ao cinema ou comer em um restaurante, por exemplo, sabe que seu dinheiro será investido e terá algum retorno que também irá oferecer uma carga de dopamina, seja com um bom filme ou um prato sofisticado. No entanto, no campo das apostas, essa carga pode se transformar em frustração quando o resultado esperado não é alcançado”, pontua o especialista.

Para Ricardo, alguns podem perder a percepção dos limites ao seguirem encarando apostas como uma atividade meramente recreativa. “Os gatilhos para realizar apostas, como jogos de futebol, corridas de Fórmula 1 ou, até mesmo, partidas de jogos eletrônicos, são recorrentes e podem acontecer todos os dias. É preciso ter discernimento porque, apesar de ser tratado como um momento de recreação, as apostas exigem dinheiro real para serem efetivadas e, se isso torna-se recorrente, muitos gastam além do que podem e acabam se perdendo. Existe um enorme perigo em ser um apostador recreativo. Afinal, as vontades podem superar as possibilidades”, declara.

Por sua vez, os apostadores profissionais têm um melhor controle sobre suas ações. “Efetivamente, esse é o trabalho dessas pessoas. Eles analisam dados, selecionam jogos e dispõem de planilhas de acompanhamento extremamente meticulosas e precisas. Esse tipo de apostador sabe exatamente como está aplicando seu dinheiro e quais as possibilidades de retorno. Pode até haver uma descarga de dopamina, mas ela aparece com a finalidade de executar o trabalho de forma mais efetiva. Por ser uma atividade repleta de análises, quanto mais tempo eles dedicam, mais dinheiro eles tendem a fazer em um longo prazo. Isso evidencia ainda mais o problema que apostadores recreativos podem enfrentar quando realizam apostas, puramente, pelo sentimento de emoção”, finaliza o fundador da Fulltrader Sports.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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