Reforma Tributária faz crescer em 300% a busca por recuperação de notas fiscais

Reforma Tributária faz crescer em 300% a busca por recuperação de notas fiscais

Receio das multas leva empresas a provocarem explosão de pedidos pelo serviço com o avanço do projeto na Câmara

A votação do projeto da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, ocorrida no dia 7 de julho, acendeu o alerta nas empresas para a necessidade da preparação para possíveis exigências de comprovação de movimentações contábeis num futuro próximo. Com isso, a busca pelos serviços de recuperação de documentos XML’s, linguagem de marcação utilizada para estruturar e armazenar dados em um formato legível por máquina, como as Notas Fiscais Eletrônicas (NFe), cresceu cerca de 300% nos últimos dois meses.

De acordo com um estudo feito pela startup Revizia, especializada em auditoria e compliance fiscal, durante todo o primeiro semestre deste ano, a plataforma havia recuperado aproximadamente 5 milhões de documentos deste tipo. Já a partir do início de julho, quando os deputados deram sinal verde para a sequência da tramitação da matéria no Senado, até os primeiros dez dias do mês de agosto, este volume saltou para perto dos 20 milhões.

O CEO da Revizia, Vitor Santos, explica que a perda dos XML’s pode acarretar impostos a recuperar que a empresa está deixando para trás, além de implicar em severas autuações em casos de sua não escrituração nos arquivos magnéticos.

“Ao perder tais documentos, a empresa fica exposta às autuações e poderá pagar multas que podem ultrapassar mil reais por documento perdido. Com o avanço da Reforma Tributária, o temor pelas multas e o senso de oportunidade por uma possível recuperação de tributos pagos indevidamente se somaram, provocando um forte impulso na corrida em busca das notas perdidas”, afirma.

No ranking dos cinco tipos de documentos XML’s mais recuperados, o estudo da Revizia aponta em primeiro lugar o Cupom Fiscal Eletrônico (CF-e-Sat), depois a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e na sequência a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e). Em quarto lugar aparece o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CTe) e na quinta posição a Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e).

O executivo explica que a recuperação dos arquivos XML ocorre geralmente através de um software ou um sistema específico. De acordo com ele, é possível recuperar notas fiscais através do Portal da NFe. Além disso, as secretarias estaduais da Fazenda (Sefaz) possuem serviços para consulta das notas fiscais eletrônicas com a possibilidade de baixar nota por nota manualmente.

“Ao optar por fazer o serviço por métodos como estes, as empresas podem conseguir encontrar cerca de 20 notas a cada cinco minutos, o que é uma quantidade bastante reduzida diante do volume de possibilidades existente e das necessidades. Por isso, foram desenvolvidas soluções independentes, dedicadas especificamente à realização deste serviço, como é o nosso caso, que elevam a eficiência deste trabalho para uma relação de cinco mil documentos a cada cinco minutos”, afirma.

Além da maior velocidade com a multiplicação do volume, Santos afirma que a solução da Revizia consegue cobrar até 10 vezes menos do que o valor médio praticado pelo mercado, que é de R$ 0,55 por documento recuperado.

“Nosso processo envolve uma conexão com sistemas de terceiros que são especialistas nas quebras de captcha, retirando assim o trabalho moroso da identificação feita manualmente nota a nota”, explica.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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