Concorrência internacional no mercado brasileiro exige maior preparação para competitividade local

Concorrência internacional no mercado brasileiro exige maior preparação para competitividade local
Malton Porto Farias e Malton Coimbra Farias.

Empresas nacionais precisam fortalecer a gestão estratégica para concorrer em pé de igualdade com as corporações que vêm se instalando no país

Que o investimento de negócios estrangeiros traz uma série de benefícios à nação é um fato: gera emprego e renda, aumenta a concorrência e os reflexos positivos são sentidos na economia e no bolso do consumidor. Segundo a consultoria norte-americana Kearney, o Brasil está em sétimo lugar entre os mais procurados para investimento externo em países emergentes. O potencial do mercado brasileiro (com grande capacidade consumidora e produtiva, mão de obra jovem, tendência à inovação e vantagens fiscais para aporte externo) atrai os olhares internacionais, mas acende o alerta para dentro de casa.

“As empresas locais precisam estar atentas ao aumento da competitividade com a vinda das estrangeiras. Ao passo que trilhar o caminho inverso, ou seja, apostar na atuação internacional também é uma alternativa que precisa ser considerada e maturada, estar preparado para concorrer em pé de igualdade com quem chega de fora é determinante para a perenidade dos negócios nacionais”, comenta Sheyla Patrícia Pereira, sócia diretora-executiva da Father Company Brasil, empresa focada em soluções de gestão estratégica e internacionalização de empresas.

Assim, para a executiva, é uma obrigação urgente dos gestores locais a preparação para encarar o mundo – não apenas em termos de atuação no mercado internacional, mas principalmente com a competitividade fortalecida para atuação no mercado nacional frente aos investimentos externos. O que Sheyla chama de ‘visão global de gestão aplicada ao mercado local antes de partir para o internacional’ foi a estratégia adotada por Malton Porto Farias, da MM Racing Fuel, à frente de uma empresa de combustíveis para carros de corrida, que busca novas oportunidades de ascensão com vistas à internacionalização.

Ao mapear as ações para subir o nível de atuação, o empresário percebeu a necessidade de fortalecer ainda mais o negócio localmente e teve o apoio de profissionais especializados nessa jornada. “Toda empresa quer crescer e esse desejo despertou várias demandas que precisavam ser solucionadas na empresa de Malton. Com a consultoria especializada, conquistamos uma organização mais eficaz, delimitamos metas claras e o melhor direcionamento para atingi-las, estruturamos o processo comercial e o posicionamento da empresa frente ao mercado. Isso tudo pensando sempre global, o que resultou em um impacto na internacionalização da MM que hoje está se preparando para suas primeiras exportações, explica Gabriela Bauer, analista de comércio exterior da Father.

“Temos ciência que há um caminho longo pela frente para atingirmos os nossos objetivos, mas estamos muito felizes com os resultados que estamos conquistando. Tínhamos uma ideia de crescimento e encontramos toda a assessoria que precisávamos na Father, por isso queremos seguir juntos para atingirmos os nossos próximos passos”, conta Malton Porto. Todo o processo pelo qual ele e sua equipe passaram envolveu uma gestão baseada em planejamento estratégico local com visão global, identificando gargalos nos processos internos, na rotina de trabalho corporativo e na estratégia adotada até então. Com as novas diretrizes, a empresa poderá atingir um crescimento de 40% até o fim deste ano.

“Esse é só um exemplo do quanto aplicar estratégias internacionais no mercado local gera uma atuação mais assertiva e resultados mais efetivos. Nós entendemos que uma gestão focada em eliminar obstáculos direciona a empresa a crescer em competitividade local, que é o que vai fazê-la ter mais fôlego para a sua manutenção no mercado frente aos negócios externos que aportam no país, muitas vezes com vantagens fiscais que os daqui não têm”, lembra Sheyla.

Como forma de atender às empresas nacionais, a Father Company Brasil vem adotando um sistema que opera em rede, unindo diversos parceiros que dão o suporte específico para atuar nos pontos críticos identificados nas companhias locais. “Nós auxiliamos no desenvolvimento do planejamento estratégico nacional e, após identificarmos os gargalos e gaps, direcionamos a execução das ações aos nossos parceiros que têm expertise nas áreas de marketing, finanças, comercial, de produtos e processos, por exemplo. Esse trabalho conjunto garante uma preparação mais lapidada e abre o leque de possibilidades de melhor atuação interna e externa”, afirma a executiva.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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