Como se explicar a saída de R$ 21 bilhões da Bolsa em 2024?

Como se explicar a saída de R$ 21 bilhões da Bolsa em 2024?

A Bolsa de Valores brasileira tem enfrentado uma saída significativa de investidores estrangeiros em 2024, com um total de R$ 21,2 bilhões retirados desde o início do ano.

Essa tendência coloca o mercado de ações do país em risco de registrar o pior desempenho para o trimestre atual desde 2020, quando a crise da Covid-19 abalou a economia global e resultou em uma saída de recursos de R$ 64,3 bilhões.

Para Luciano Bravo, Mentor de Crédito Internacional e CEO da Inteligência Comercial, existem dois fatores que podem ser observados. “Podemos identificar duas situações que têm contribuído para esse comportamento dos investidores internacionais em 2024. O mais significativo está relacionado ao cenário externo, particularmente às mudanças nas expectativas do mercado em relação às taxas de juros nos Estados Unidos. Em menor medida, as tentativas de intervenção econômica por parte do governo brasileiro também têm exercido influência”, explica.

No início do ano, os investidores mostravam otimismo e previam até seis cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos. No entanto, essa perspectiva foi abandonada à medida que os dados divulgados indicavam uma economia mais robusta do que o previsto, sugerindo um caminho mais desafiador para o Federal Reserve, o banco central dos EUA, atingir sua meta de inflação de 2%.

No ano passado, o Ibovespa (principal índice da Bolsa brasileira) se valorizou 22,28%. Em 2024, a queda acumulada é de  mais de 5%.

“Em contraste com o desempenho positivo do ano anterior, em que o Ibovespa registrou uma valorização de 22,28%, o cenário atual é marcado por uma queda acumulada de 5,33% em 2024. Essa reversão nos resultados tem gerado apreensão entre os investidores, que observam de perto os desdobramentos tanto no âmbito nacional quanto internacional”, argumenta Luciano.

Segundo o Mentor de Crédito Internacional, há ainda outros fatores, mas é necessário aos remanescentes que desejam investir e que tem negócios no Brasil usufruir de novas estratégias. “O acesso a crédito internacional pode proporcionar um alívio aos investidores, oferecendo uma fonte adicional de liquidez e regular os impactos das saídas de capital estrangeiro da Bolsa de Valores brasileira para as empresas.”, finaliza Luciano.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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