Pesquisa E-Shopper Barometer constata crescimento do e-commerce brasileiro

Pesquisa E-Shopper Barometer constata crescimento do e-commerce brasileiro

Compradores online são 68% dos brasileiros e as vendas do comércio eletrônico representam 10% do varejo nacional

O e-commerce no Brasil atingiu 10% do varejo total e a quantidade de compradores pela internet cresceu três pontos percentuais, atingindo 68% da população nacional em 2023, em relação ao ano anterior. Esses compradores receberam 3,8 encomendas por mês, compraram mais roupas e outros itens de moda, calçados, produtos de beleza ou de saúde e, ano passado, passaram a comprar uma quantidade maior de equipamentos automotivos. Essas são algumas das principais conclusões da E-Shopper Barometer, pesquisa realizada anualmente pelo Grupo Geopost, com mais de 24 mil consumidores de 22 países, incluindo o Brasil, que busca identificar o comportamento do consumidor digital.

“Mesmo em um contexto de inflação e juros altos do ano passado, tivemos resultados bem interessantes na pesquisa, como o crescimento do número de compradores”, destaca Bruno Tortorello, presidente da Jadlog, uma das maiores empresas de transportes de cargas fracionadas do Brasil e uma das principais operadoras logísticas do comércio eletrônico, controlada pelo Geopost.

Os consumidores brasileiros estão comprando produtos de pelo menos 4 categorias diferentes, e os destaques são moda, mencionada por 48% dos entrevistados, seguido de calçados e produtos de beleza e de cuidados com a saúde, empatados com 43%. Em 2023, os itens automotivos tiveram o maior índice de procura dentre todos e deram um salto de 3 pontos percentuais chegando a 14% das menções.

De maneira geral, o e-commerce continua sendo visto positivamente, com uma maneira de economizar tempo, para 79% dos e-shoppers; de reduzir o estresse, se comparado às compras em lojas físicas, na opinião de 65%, sendo considerado muito conveniente para 53%, mesmo se houver necessidade de devolver alguma compra. Inclusive 55% dos entrevistados acreditam que conseguem comprar pela internet perto de 100% dos produtos que precisam.

Bruno Tortorello, presidente da Jadlog.

“Os consumidores seguem amplamente convencidos sobre os benefícios do comércio eletrônico, como a economia de tempo e dinheiro em relação às compras nas lojas físicas”, observa Tortorello.

Os desafios macroeconômicos de inflação e juros altos do Brasil fizeram com que o e-shopper brasileiro ficasse ainda mais sensível aos preços. Segundo a pesquisa, 77% disseram que o valor do produto é o principal ponto na decisão de compra. Por outro lado, 72% acham que economizam dinheiro comprando online.

Neste sentido, o e-commerce cresceu e os principais critérios de realização de compras estão relacionados às entregas grátis para 48% dos consumidores, à descrição detalhada do produto (para 26%), aos produtos que não têm taxas ou adicionais de valor ocultos no preço (23%) e à devolução grátis, para 20% dos entrevistados.

O cenário macroeconômico brasileiro também influenciou as importações. A pesquisa mostrou que quase 6 (ou 59%) em cada 10 e-shoppers brasileiros compram em sites estrangeiros, especialmente nos chineses (83%), norte-americanos (35%) e argentinos (6%). Encontrar melhores negócios continua sendo o principal motivo para 82% dos entrevistados.

As preferências na hora de receber a encomenda

Quando o assunto é a entrega, saber qual a transportadora responsável traz mais segurança ao processo para 65% dos entrevistados. Além disso, os e-shoppers querem, em ordem de preferência, receber notificações em tempo real, ter previsão da hora da entrega, receber a entrega no mesmo dia e receber onde ele estiver. Na sequência vem a preferência por entrega no dia seguinte e por contar com várias opções de entrega, além da possibilidade de reagendar a data de recebimento.

Ser informado sobre o prazo exato de entrega no intervalo de uma hora e poder escolher o dia e horário específicos de recebimento são fatores importantes para 84% dos compradores brasileiros entrevistados.

Neste cenário, a rede de Pickup, com mais de 4 mil pontos parceiros de bairro nos grandes centros brasileiros, e a ferramenta Predict, que informa eletronicamente o comprador da janela de duas horas no dia do recebimento, ganham cada vez mais relevância nas operações da Jadlog.

“É fundamental disponibilizar ferramentas para dar conveniência ao recebimento e sinalizar melhor o cliente onde está a encomenda. Opções de entregas e Informação em tempo real são cruciais, de modo que a Jadlog atua oferecendo esses serviços, a fim de aperfeiçoar a experiência de compra dos e-shoppers”, observou Tortorello.

Logística reversa

Em relação à logística reversa, a pesquisa constatou que 7% dos consumidores devolveram sua última compra e, dentre eles, 49% consideraram o processo de devolução positivo, sem esforços. A maioria das encomendas de volta, ou 74%, foi deixada em um ponto postal; 17% delas foram retiradas em casa por um serviço de courrier, e 7%, deixadas em um ponto de movimentações de remessas, a exemplo dos pontos Pickup da Jadlog.

“Os pontos Pickup acabam sendo estratégicos não só para as entregas das encomendas, mas também para a reversa, pela capilaridade e proximidade com o consumidor, ausência de filas, e praticidade, pois é realizada via QR Code, sem a necessidade de impressão de etiquetas”, observou o presidente da Jadlog.

A oferta de opções de entregas ambientalmente sustentáveis se mostrou interessante para 77% dos entrevistados na pesquisa, e quase a mesma porcentagem (68%) afirmou que a escolha por alternativas de entregas ecologicamente corretas é importante quando realiza compras online. O uso de veículos de baixas emissões é a melhor opção para 41% dos consumidores, e 39% responderam que combinar vários produtos para que sejam entregues juntos também é uma opção relevante de entrega sustentável.

Crescimento do C2C

A E-Shopper Barometer evidenciou o crescimento dos negócios C2C, já que 53% dos entrevistados usam as plataformas para comprar ou vender produtos. Economizar dinheiro, obter uma renda extra e liberar espaço no armário são as principais motivações para comprar ou vender itens de segunda mão. Ainda há poucos vendedores (21%) em plataformas C2C no Brasil, mas o potencial de crescimento é enorme.

Atenta a este crescimento e focada em atender o pequeno e-commerce e os empreendedores digitais, a Jadlog lançou recentemente a plataforma própria de envios Jadlog Entregas, pela qual os usuários realizam todo o processo de envio eletronicamente e despacham as encomendas nos pontos Pickup ou em uma das franquias da Jadlog.

A representatividade dos Millenials e Aficionados

A pesquisa E-Shopper Barometer destacou a representatividade dos millenials no e-commerce brasileiro e constatou que 61% de todas as compras são realizadas por eles, o que representa 10,9% de participação média no total de compras online entre todas as categorias de produtos. Os millenials recebem quase 4 encomendas por mês.

Já os aficionados, ou heavy buyers, realizam 54% do total de todas as compras online, o que representa 17,8% de participação média no total de compras entre todas as categorias. Eles receberam 7 encomendas por mês em 2023 de 8 categorias diferentes de produtos, principalmente de beleza e cuidados de saúde.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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