Como a IA Generativa pode contribuir com o mercado financeiro?

Como a IA Generativa pode contribuir com o mercado financeiro?

Nos últimos anos, testemunhamos avanços significativos na aplicação de algoritmos de IA para análise de dados, previsão de tendências e automação de processos. Um ramo particularmente empolgante dessa tecnologia é a IA Generativa, que promete revolucionar a maneira como os agentes financeiros interagem com o mercado, segundo a Statista, plataforma alemã de inteligência e visualização de dado, que aponta que a taxa anual de crescimento da tecnologia, prevista para o setor, é de mais de 28% até 2032.

Conhecida por sua capacidade de criar dados ou conteúdos novos e originais, têm o potencial de fornecer insights valiosos e inovadores para os participantes do mercado financeiro. Uma de suas aplicações mais promissoras é na geração de cenários e simulações, permitindo aos investidores antecipar movimentos de mercado e tomar decisões mais informadas.

Um dos principais benefícios da IA Generativa no mercado financeiro é sua capacidade de lidar com a complexidade e a incerteza inerentes ao ambiente econômico. Ao criar modelos que geram múltiplos cenários possíveis, os investidores podem avaliar o impacto de diferentes variáveis e eventos externos em seus portfólios, mitigando riscos e identificando oportunidades de investimento.

Imagine um banco que implementou um sistema de atendimento ao cliente baseado em IA generativa. Quando um cliente entra em contato com o banco, seja por meio de um aplicativo móvel, chat online ou telefone, ele é recebido por um assistente virtual inteligente. O assistente virtual, alimentado por algoritmos avançados de IA generativa e treinado em vastos conjuntos de dados financeiros, começa a analisar a situação do cliente. Ele considera não apenas o evento econômico recente, mas também outros fatores relevantes, como o perfil de investimento e seu histórico de transações. Ele destaca os riscos potenciais e as oportunidades emergentes, fornecendo aconselhamento personalizado para ajudá-la a tomar decisões informadas.

Informações do estudo do Statista, apontam que os investimentos devem alcançar US$9,5 bilhões até 2032, valor significativamente acima dos US$850 milhões registrados em 2022. Esse crescimento atesta a adoção cada vez maior e a importância estratégica dessa tecnologia no setor.

Além disso, a IA Generativa pode ser uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento de estratégias de negociação algorítmica. Ao gerar automaticamente padrões e sinais de compra e venda com base em uma ampla gama de dados históricos e em tempo real, os algoritmos podem executar operações com maior eficiência e precisão do que os humanos, aproveitando ao máximo as oportunidades de arbitragem e maximizando os retornos.

Outra aplicação interessante da IA Generativa no mercado financeiro é na personalização de produtos e serviços. Ao analisar o comportamento e as preferências dos clientes, os algoritmos podem criar ofertas sob medida que atendam às necessidades individuais, aumentando a satisfação do cliente e fortalecendo os relacionamentos comerciais.

O estudo do Statista ainda aponta que a análise de dados liderou as aplicações de IA no setor em 2023, com 69% das empresas utilizando essa tecnologia para melhorar sua capacidade analítica. Seguido de perto pelo processamento de dados, o uso de processamento de linguagem natural e de modelos de linguagem extensos também foram destacados como práticas comuns.

No entanto, é importante reconhecer que o uso da IA Generativa no mercado financeiro também apresenta desafios e preocupações éticas. A geração de dados sintéticos levanta questões sobre a confiabilidade e a transparência das informações, e é crucial garantir que os modelos sejam construídos e utilizados de maneira responsável, minimizando o viés e protegendo a privacidade dos indivíduos.Além disso, pode auxiliar na questão da segurança; validação por voz, criptografia, ISOs, LGPD.

A crescente dependência de algoritmos para tomar decisões financeiras levanta questões sobre a supervisão e a regulação do mercado. É fundamental que os órgãos reguladores acompanhem de perto o desenvolvimento e a implementação dessas tecnologias, garantindo a integridade e a estabilidade do sistema financeiro como um todo.

Em resumo, a Inteligência Artificial Generativa tem o potencial de transformar radicalmente o mercado financeiro, oferecendo insights inovadores, otimizando processos e melhorando a experiência do cliente. No entanto, é essencial abordar cuidadosamente os desafios e as preocupações associados ao seu uso, garantindo que ela seja empregada de forma ética e responsável para o benefício de todos os participantes do mercado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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