Educação financeira infantil pode desenvolver bom planejamento e autocontrole

Educação financeira infantil pode desenvolver bom planejamento e autocontrole
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Especialista compartilha dicas de como introduzir o ensino financeiro para cada faixa etária das crianças

Atualmente, 77,8% da população brasileira possui algum tipo de dívida não quitada, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Já em relação ao número de inadimplentes, o resultado é o maior desde 2010, chegando a 29,5%.

Para Vagner Antiqueira, coordenador pedagógico do Colégio Anglo Leonardo da Vinci, unidade Jabaquara, muito deste cenário pode ter interferência pela falta do tema nas escolas, passando desde a educação básica: “A introdução de conceitos financeiros nas primeiras fases da educação é capaz de proporcionar um impacto significativo na formação de jovens mais conscientes e preparados para os desafios econômicos do futuro”.

Conforme o coordenador, promover uma compreensão saudável das finanças desde cedo pode capacitar as crianças não apenas a administrar seu dinheiro, mas também enfrentar desafios, de relacionar com os outros e tomar decisões informadas. Além disso, trabalhar o autocontrole, com um bom planejamento financeiro, definindo metas e economizando para alcançar os objetivos são pontos importantes neste ensino ressaltados pelo especialista.

“Ao incorporar algumas estratégias, os educadores conseguem garantir que a educação financeira seja acessível e envolvente para todos os alunos, independentemente de seus estilos de aprendizagem ou experiências profissionais. Essa abordagem diversificada ajuda no entendimento dos conceitos financeiros e promove habilidades de vida valiosas, como pensamento crítico, colaboração e resiliência”, complementa Vagner.

Como exemplo, o coordenador separou dicas de como introduzir a educação financeira infantil em cada faixa etária:

3 a 4 anos: trabalhar o ensinamento do que é moedas e cédulas, para que entendam os respectivos valores. Para isso, uma boa opção é brincar de lojinha, onde as crianças podem comprar e vender brinquedos. Junto a isso, é possível ensinar a ideia de poupar dinheiro, introduzindo um cofrinho no cotidiano.

5 a 6 anos: nesta fase, pode-se implementar a ideia de planejamento de compras, diferenciando as necessidades de desejo com a pergunta “Você precisa disso para viver ou é algo que gostaria de ter?”. Após, estabeleça uma pequena quantia para que as crianças possam gastar em algo que querem, complementando com a ideia do troco. Além disso, explicar que, ao fazerem tarefas de casa, também estão contribuindo e aprendendo sobre responsabilidades, mostrando como trabalho e dinheiro é importante.

7 a 8 anos: já com a ideia construída das tarefas que podem ser feitas em casa, as crianças podem ser apresentadas à mesada, vinculada a pequenas tarefas de casa. É um bom momento para ensiná-los a gerenciar o dinheiro para durar todo o mês. Ainda, é possível estabelecer metas de economia e de poupança para comprar o que desejam.

“Outras estratégias, também exemplificadas pelo educador dentro da sala de aula, para abordar essa questão são: aprendizados baseados em projetos, personalização do conteúdo, simulação de jogos, aprendizado social e colaborativo, entre outros. Essa complexidade prepara as novas gerações para enfrentar desafios econômicos e se torna ainda mais essencial”, finaliza o coordenador.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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