Futuro do empreendedorismo no Brasil aponta para empresas dirigidas por mulheres

Futuro do empreendedorismo no Brasil aponta para empresas dirigidas por mulheres

Segundo pesquisa GEM, dos 47,7 milhões de empreendedores com intenção de entrar no mercado nos próximos três anos, 54,6% são do público feminino

O Brasil caminha para ter, majoritariamente, empresas comandadas por mulheres. Essa projeção de cenário futuro faz parte de perspectiva traçada pela pesquisa Monitor Global de Empreendedorismo 2023 (Global Entrepreneurship Monitor – GEM), feita junto a pessoas que têm a intenção de empreender, no espaço de três anos. De acordo com o estudo, o público feminino responde, atualmente, por 54,6% do empreendedorismo potencial, invertendo a posição registrada em 2022, quando a representação masculina respondeu com 55% de participação.

Além de mais feminino, o estudo aponta para um país com maioria de empreendedores e empreendedoras jovens, com até 34 anos e, predominantemente, pessoas pretas e pardas. “Qualquer que seja a situação dos empreendedores potenciais, é importante para o país conhecer suas características sociodemográficas para pensar políticas públicas que apoiem esses homens e – em especial – as mulheres ao longo da sua jornada que vai de idealizar a empresa até tirá-la do papel”, avalia o analista e economista do Sebrae Marco Aurélio Bedê. “Os pequenos negócios representam hoje uma força econômica responsável pela geração de 95% dos empregos formais e o equivalente a 30% do PIB. Apoiar essas empresas nascentes significa assegurar emprego, distribuição de renda e inclusão para milhões de brasileiros”, completa Bedê.

Chama atenção, por exemplo, o grupo composto por donas(os) de casa, estudantes e aposentados, representando, aproximadamente, um quinto dos empreendedores potenciais. “São informações que nos apontam para diferentes abordagens de preparação e capacitação para o empreendedorismo, a fim de obter os melhores resultados em relação à qualidade dos empreendimentos criados”, considera o analista.

Empreendedores Potenciais

A pesquisa GEM inclui, entre os seus temas de estudo, a intenção que têm os indivíduos de se tornarem empreendedores dentro de até três anos e que, atualmente, ainda não são classificados como tal. Chamada de empreendedores potenciais, essa categoria responde por 47,7 milhões de pessoas, um pouco menos que a metade dos 97,8 milhões que formam a população brasileira não empreendedora, entre 18 e 64 anos.

Com esse volume, o Brasil apresenta a segunda maior estimativa absoluta de empreendedores potenciais, atrás apenas da Índia (com 106 milhões), e superando as demais 43 economias consideradas no estudo, como Alemanha, Itália, Catar, Uruguai, China, etc. Quando comparada com a pesquisa de 2019, verifica-se que o número de potenciais empresários no país cresceu quase 90% em relação aos 25,5 milhões de pessoas identificadas no Monitor Global de Empreendedorismo daquele ano.

Ao analisar os dados sociodemográficos dos entrevistados, observa-se ainda que no universo de empreendedores e empreendedoras potenciais, mais da metade são adultos jovens na faixa etária dos 18 aos 34 anos (a faixa predominante é a de 25 a 34 anos – 28,6%). O estudo mostra também que o índice de escolaridade desse público chega a 74,9% de pessoas com ensino médio ou universitário completo. Em relação a raça, constata-se que aproximadamente 63% dos empreendedores potenciais são pessoas pretas ou pardas.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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