Dólar tem a maior cotação desde dezembro de 2021
Bolsa cai 0,46% e acumula perda de 5,6% no ano
O dólar à vista chegou nesta segunda-feira (5) a bater R$ 5,86, na cotação máxima do dia. Porém, perdeu força em meio ao enfraquecimento da moeda ante outras divisas de emergentes e a dados positivos do setor de serviços nos Estados Unidos que diminuíram a preocupação de agentes de mercado com uma possível recessão no país.
Mesmo assim, a moeda norte-americana fechou em alta ante o real. Ao final do dia, o dólar comercial fechou em alta de 0,56%, sendo negociado a R$ 5,741 na compra e na venda. Esta é a maior cotação de fechamento desde 20 de dezembro de 2021, quando a moeda fechou em R$ 5,745. Neste início de agosto a moeda norte-americana acumula alta de 1,51%.
Os rendimentos dos Treasuries americanos também cederam nesta segunda-feira, dia de aversão a risco, com investidores visualizando chances ainda maiores de o banco central dos EUA cortar a taxa de juros em 50 pontos-base em setembro — e não em 25 pontos-base como era precificado há uma semana, o que faria o dólar perder valor ante pares internacionais.
Bolsa
Em um dia marcado por fortes quedas dos ativos de risco no mundo todo, a Bolsa brasileira praticamente escapou do movimento. O Ibovespa, principal índice nacional, recuou 0,46%, fechando aos 125.269 pontos, bem menos do que os seus pares norte-americanos, com Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuando, respectivamente, 2,60%, 3% e 3,43%.
O Ibovespa, com a performance desta segunda (05), recua 5,60% no ano. Já os índices americanos, mesmo com as fortes quedas desta “segunda vermelha”, ainda avançam. O Dow Jones, que tem a menor alta, sobe 2,68% e o Nasdaq, com a maior, avança 7,62%.