Confira estratégias para lidar com o sentimento de pena ao demitir colaboradores

Confira estratégias para lidar com o sentimento de pena ao demitir colaboradores

É preciso avaliar perfil, dar feedbacks e prazos para que o desligamento seja bem ponderado

Um dos principais desafios quando se trata de demitir um colaborador é o sentimento de pena que essa atitude gera. Muitos empresários ou líderes de times, especialmente se forem mulheres, acabam postergando desligamentos essenciais por não saberem lidar bem com a situação.

De acordo com Carla Martins, vice-presidente do SERAC, hub de soluções corporativas, sendo referência nas áreas contábil, jurídica e de tecnologia, o sentimento de pena é a segunda maior explicação para a falta de desligamentos necessários nas empresas. “E em boa parte das vezes isso acontece com líderes mulheres, que são mais emotivas e costumam pensar mais nos reflexos da demissão na vida pessoal do colaborador”, afirma.

A executiva explica que se isso estiver acontecendo é possível fazer uso de algumas estratégias para que a demissão seja bem ponderada e para que sentimentos de dó ou pena não prevaleçam. “A primeira estratégia é avaliar se o colaborador realmente precisa ser demitido ou se ele só não está no lugar certo da empresa”, orienta.

Segundo Carla, alguns colaboradores até tentam realizar bem as tarefas, gostam da empresa e têm uma mentalidade positiva, mas podem não ter aptidão ou perfil para estar em determinada vaga. “Por exemplo, uma pessoa que é hiperativa ou tem déficit de atenção dificilmente se dará bem em uma função muito técnica que exija ficar horas sentado. Mas ela pode ser boa em outras tarefas. A primeira sugestão, portanto, é não demitir antes de avaliar se aquela pessoa poderia se adaptar bem em outra vaga que esteja disponível na empresa”, diz ela.

Outra orientação de Carla Martins é avaliar indicadores individuais e dar feedbacks. “Mostre para o colaborador o que ele precisa melhorar e dê um feedback mais sério e assertivo caso ele esteja próximo da demissão. Também dê um prazo para as melhorias e, caso elas não aconteçam, será mais fácil realizar a demissão porque foi dada uma chance”, explica.

A vice-presidente do SERAC também considera importante que os líderes estejam à disposição para ajudar o colaborador a melhorar e cumprir as mudanças e metas acordadas.

Confira indicadores que devem ser considerados ao avaliar uma possível demissão:

  • Técnicos: é importante saber se a pessoa tem conhecimento suficiente e compatível com o cargo exercido
  • Produtividade e eficiência
  • Esforço para se aprimorar e se capacitar
  • Absenteísmo e atrasos
  • Comportamento e mentalidade

Para Carla Martins, um dos indicadores mais importantes está relacionado à mentalidade do colaborador. “É importante saber se a pessoa está criticando ou reclamando o tempo todo, pois neste caso ela pode contaminar uma equipe inteira. Muitas vezes uma empresa não demite colaboradores assim porque acreditam que a técnica compensa, mas é o contrário. Vale mais a pena treinar pessoas com mentalidade positiva e próspera do que insistir em manter alguém que pode ser capaz de contaminar negativamente o time todo”, finaliza.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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