Possível queda de juros nos EUA poderá colaborar para apreciação do real

Possível queda de juros nos EUA poderá colaborar para apreciação do real

Mailson da Nóbrega destaca a importância de aumentar a produtividade e controlar os gastos públicos, enquanto a inflação pode atingir 4,5% até o fim de 2024

O ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, afirmou nesta quinta-feira (10) durante o 7º Seminário StoneX que a economia brasileira enfrenta desafios relacionados à produtividade e inflação, mas que a recente reforma tributária pode trazer ganhos importantes para o crescimento futuro. Durante a apresentação, Nóbrega destacou que o Brasil precisa “aumentar a produtividade e controlar os gastos obrigatórios” para evitar crises fiscais, ao mesmo tempo em que projeta uma inflação de 4,5% até o final de 2024.

Nóbrega destacou que, para o Brasil alcançar taxas de crescimento significativas, o País precisa romper com o ritmo de crescimento atual, que se mantém em torno de 2% ao ano. Segundo o economista, “o Brasil só estará bem quando crescer 4 a 5%”, o que seria essencial para integrar o país ao grupo das nações desenvolvidas.

Entre os desafios apontados pelo economista estão a baixa produtividade, estagnada há mais de 40 anos, e as limitações impostas pela rigidez orçamentária. Nóbrega também ressaltou que “a reforma tributária trará impactos positivos para a produtividade”, mas seus efeitos plenos só serão sentidos daqui a oito anos.

Inflação, juros e política fiscal

Maílson da Nóbrega alertou para os riscos de desequilíbrios fiscais e destacou a importância de controlar os gastos públicos para garantir a estabilidade econômica. Ele mencionou que a autonomia do Banco Central é essencial para “conduzir a política monetária de forma independente”. Segundo o economista, a inflação deve atingir 4,5% até o final de 2024, dentro do limite superior da meta do Banco Central, enquanto a taxa Selic, atualmente em 12,75%, poderá sofrer novos ajustes em 2025.

Taxa de câmbio e comércio exterior

No âmbito do câmbio, Nóbrega projetou que o dólar deverá se estabilizar em torno de R$ 5,45 a R$ 5,50 no curto prazo, com uma possível desvalorização à medida que as taxas de juros voltem a cair. Ele também mencionou que “o aumento da demanda interna tem levado ao crescimento das importações”, pressionando a balança comercial. Além disso, a queda esperada nas taxas de juros dos EUA pode aumentar a atratividade de investimentos no Brasil, contribuindo para uma leve apreciação do real.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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