Sete cuidados para não cair em golpes com Pix em 2025

Sete cuidados para não cair em golpes com Pix em 2025

Desde o seu lançamento em novembro de 2020, o Pix se consolidou como um dos meios de pagamento mais revolucionários no Brasil. Até 30 de setembro deste ano, o volume de transações realizadas por meio do Pix já havia superado os totais do ano passado, alcançando impressionantes 45,7 bilhões de operações, que somaram R$ 19,1 trilhões. Especialistas atribuem esse sucesso a uma mudança significativa nos hábitos financeiros da população brasileira. Para o balanço de 2024, a expectativa é de que o impacto do Pix seja ainda maior. A Febraban prevê um crescimento de quase 60% no valor total das transações, que deverão movimentar cerca de R$ 27,3 trilhões em 63,7 bilhões de operações.

Segundo Fábio Mostafe, especialista em segurança da informação da Tecnobank, o crescimento vertiginoso do Pix reflete não apenas sua popularidade e eficiência, mas também eleva a preocupação com a segurança digital. “Enquanto o Pix cresce, os golpistas também evoluem, tornando-se mais criativos. Por isso, é essencial conhecer as fraudes mais comuns e saber como se proteger’, explica. Para entender melhor esse cenário e ajudar os usuários a se defenderem, o especialista lista os sete golpes mais frequentes atualmente.

1 Phishing (Links e Mensagens Falsas)

Os criminosos enviam mensagens disfarçadas, como e-mails, SMS ou mensagens de WhatsApp, para roubar dados. Geralmente, essas mensagens criam um senso de urgência, com alertas como “Atualize seus dados do Pix agora para não perder o acesso!”, e incluem links que redirecionam o usuário sites falsos. “Para se proteger, é fundamental evitar clicar em links recebidos por mensagens e acessar diretamente o site oficial do banco. Além disso, erros ortográficos e remetentes desconhecidos são sinais claros de tentativa de fraude”, alerta Mostafe.

2 Falso pedido de dinheiro (Golpe do WhatsApp)

Neste golpe, criminosos se passam por amigos ou familiares em situações urgentes para pedir transferências de dinheiro, usando pretextos como “meu cartão foi bloqueado, preciso de uma transferência rápida!”. A recomendação é sempre confirmar a identidade da pessoa, ligando diretamente um número conhecido, em vez de responder à mensagem. Também é importante observar se o estilo de escrita na mensagem é diferente do habitual. Mensagens que pedem dinheiro com urgência são um forte indicativo de possíveis fraudes.

3 QR Code falso

Golpistas podem adulterar QR Codes para redirecionar pagamentos para suas próprias contas, uma fraude comum em faturas falsas ou em sites duvidosos. “Para evitar problemas, é crucial verificar os dados do destinatário antes de concluir o pagamento. Sempre prefira digitar a chave Pix manualmente, em vez de escanear o QR Code. Além disso, em locais públicos, verifique atentamente se o QR Code exibido não mostra sinais de alteração ou substituição”, aconselha Mostafe. Este cuidado é importante especialmente em locais onde QR Codes podem ser facilmente acessíveis e manipulados por terceiros.

4 Golpe da compra on-line falsa

Fraudadores criam anúncios de produtos inexistentes em marketplaces e redes sociais, muitas vezes com ofertas tentadoras, como “Smartphone com 70% de desconto, só hoje!”. Para evitar cair nesse golpe, pesquise a reputação do vendedor, verifique suas avaliações e histórico de vendas. Leia as opiniões de outros compradores e certifique-se de que as transações sejam sempre realizadas dentro das plataformas oficiais. Transacionar fora desses ambientes pode expor o consumidor a riscos significativos, como a perda de dinheiro sem receber o produto anunciado.

5 WhatsApp clonado

Os golpistas replicam sua foto e fingem ser você, pedindo dinheiro aos seus contatos com mensagens como “Oi, troquei de número. Pode me ajudar com um Pix?”. Para se prevenir, ative a verificação em duas etapas no WhatsApp e nunca compartilhe o código de verificação enviado por SMS. Paralelamente, oriente amigos e familiares a sempre confirmarem diretamente com você antes de realizarem qualquer transferência.

6 Golpe do falso suporte bancário

Fraudadores telefonam fingindo ser representantes do banco e solicitam informações confidenciais, como senhas ou acesso ao aplicativo, com pretextos como “Detectamos uma movimentação suspeita. Informe sua senha para bloqueio”. É importante lembrar que instituições financeiras nunca requisitam senhas por telefone. Caso receba uma ligação desse tipo, desligue imediatamente e contate seu banco pelos canais oficiais. Sempre desconfie de abordagens que exigem ações imediatas.

7 Sorteios e promoções falsas

O fraudador avisa que você ganhou um prêmio, exigindo o pagamento de uma taxa para liberá-lo, com mensagens do tipo: “Parabéns! Você ganhou um prêmio! Envie um Pix de R$ 50 para resgatá-lo!”. Para se proteger, desconfie de mensagens relacionadas a sorteios dos quais você não participou. Empresas legítimas não solicitam pagamentos antecipados para a liberação de prêmios. Sempre confirme a autenticidade das promoções diretamente no site oficial da marca.

O Pix é uma das maiores inovações financeiras recentes, mas requer precauções adequadas. “Conhecer os golpes mais comuns e aprender a se proteger é o melhor jeito de manter seu dinheiro seguro. Desconfie sempre, verifique duas vezes e, em caso de dúvida, consulte seu banco”, finaliza Mostafe.

Crédito da foto – Shutterstock

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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