Brasileiros investem em florestas para proteger o patrimônio financeiro

Brasileiros investem em florestas para proteger o patrimônio financeiro

Proteger o capital é prioridade para muitas pessoas

Há quem invista na bolsa de valores e acompanhe diariamente a movimentação do mercado financeiro. Por outro lado, existem investidores que escolheram o outro lado da moeda para proteger o próprio patrimônio, incluindo ativos alternativos que não dependem das flutuações e possuem um crescimento previsível e sustentável. Esses investidores enxergam nas florestas plantadas uma oportunidade de combinar segurança financeira e alta rentabilidade a longo prazo.

Com a inflação corroendo o poder de compra e a estabilidade econômica em constante oscilação, proteger o capital tornou-se uma prioridade para muitas pessoas.

No Brasil, uma das alternativas cada vez mais consideradas para preservar o valor do dinheiro é a aplicação em florestas comerciais. Esse modelo de negócio oferece uma solução sólida contra os efeitos da inflação, além de ser uma escolha sustentável e com elevado potencial de lucro no longo prazo.

As florestas têm uma valorização atrelada à demanda por papel, celulose, móveis e outros produtos derivados. Dentro da perspectiva econômica, o mercado internacional de commodities agrícolas e florestais tende a ser mais resiliente, especialmente em períodos de inflação alta.

Segundo Renata Brito, economista e diretora executiva do Instituto Brasileiro de Florestas, “essa alternativa também se destaca por ser uma opção à especulação financeira, ao mesmo tempo em que está alinhada ao crescente movimento de investimentos sustentáveis. Ao adquirir áreas para plantio ou participar de fundos do setor, o investidor contribui para a redução das emissões de carbono, além de garantir a valorização constante das florestas que, com o tempo, se tornam recursos escassos”, afirma.

“O Brasil, com sua vasta extensão territorial e vocação para o agronegócio, é um dos maiores produtores de madeira e derivados, o que torna o segmento ainda mais atrativo” , explica Renata Brito

No interior de Minas Gerais, uma área com mais de 5 mil hectares respira a chamada “economia verde”. O empreendimento florestal de Mogno Africano, localizado em Pompéu, é administrado pelo Instituto Brasileiro de Florestas e mantido por mais de 400 investidores, entre eles, brasileiros que têm como objetivo a proteção de seu capital.

De acordo com Renata Brito, muitos buscam esse ativo como forma de diversificar a carteira de aplicações e são atraídos pela alta valorização da madeira proveniente do Mogno Africano, uma espécie nobre e exótica. Em um plantio de 6 hectares conduzido pelo IBF, estima-se um retorno superior a R$ 10 milhões.

“A valorização desse ativo não ocorre do dia para a noite. Ela acontece ao longo dos anos, conforme o crescimento das árvores, e o retorno financeiro, resultante da venda da madeira, tende a ser expressivo. Para os investidores que buscam diversificação e proteção contra a desvalorização da moeda, as florestas plantadas no Brasil representam uma excelente oportunidade de preservar recursos, mantendo-os seguros contra as incertezas econômicas” – conclui a especialista.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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