Cinco dicas para não cair em golpes telefônicos

Cinco dicas para não cair em golpes telefônicos

No ano passado, os golpes eletrônicos aumentaram 45%

De acordo com um levantamento realizado pela Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP), golpes eletrônicos tiveram um aumento de 45% em 2024, em relação ao ano anterior, somando cerca de 5 milhões de fraudes praticadas. Diante deste cenário, o esforço em consolidar as boas práticas no relacionamento com o consumidor, ajudando a distinguir ações legítimas de fraudes, tem sido recorrente por parte da Associação Brasileira de Telesserviços (ABT).

“Há anos, a ABT tem construído soluções com a Anatel para combater as práticas de spoofing – técnica usada por criminosos para falsificar o número de telefone de uma ligação -, sendo uma das entidades que mais têm contribuído para o desenvolvimento do programa Origem Verificada, sistema de autenticação e verificação de chamadas. Mas enquanto ele ainda não está em pleno funcionamento, há direcionamentos simples que podemos fornecer ao consumidor, visando a sua proteção. Ao fazer isso, também estamos protegendo a reputação de empresas sérias que nada têm a ver com tais práticas criminosas”, destaca Gustavo Faria, diretor executivo da ABT.

Pensado em garantir um atendimento seguro e transparente, a Associação lista, abaixo, cinco dicas para ajudar o consumidor a evitar golpes.

1. Nunca forneça informações pessoais ou dados bancários por telefone

Se um operador solicitar dados como senhas de banco, números de cartão de crédito ou informações sensíveis, desligue imediatamente. Tais solicitações são indícios claros de golpes. Empresas sérias nunca pedem esses dados por ligação ou mensagem.

2. Use canais oficiais para resolver pendências

Ao receber uma mensagem de uma empresa, sempre verifique o número de telefone, e-mail ou canal de atendimento. Números com o prefixo 0303 são utilizados, obrigatoriamente, para identificar chamadas de telemarketing ativo. O sistema Origem Verificada, já em implementação no país por algumas operadoras, também possibilita a identificação das chamadas, mostrando na tela do celular o nome da empresa que está fazendo a ligação, junto com um selo de autenticação. Empresas legítimas ainda disponibilizam outros meios de contato em seus sites ou aplicativos que devem ser conferidos pelo consumidor. Se não reconhecer o canal, desconfie e procure as informações diretamente nos demais canais fornecidos pela empresa, tais como sites ou aplicativos.

3. Desconfie de promoções “imperdíveis” 

Golpistas muitas vezes tentam criar a ilusão de uma oferta exclusiva ou de um benefício único para pressionar o consumidor. Se receber uma oferta que pareça personalizada demais, sem que você tenha demonstrado interesse anteriormente, tome cuidado. Muitas dessas ofertas são falsas e têm como objetivo coletar informações pessoais ou vender produtos inexistentes.

4. Fique atento à forma de comunicação e erros de linguagem

Golpistas, geralmente, não se atentam à qualidade da comunicação. Se você receber uma mensagem ou ligação que contenha erros grosseiros de ortografia, gramática ou uma abordagem estranha (como um tom excessivamente formal ou informal), isso pode ser um sinal de alerta. Empresas legítimas têm um padrão de comunicação profissional e cuidado com os detalhes. Se a mensagem parecer pouco clara, com erros evidentes ou frases estranhas, desconfie! Além disso, evite clicar em links ou responder a mensagens suspeitas, pois podem ser uma tentativa de roubo de informações.

 5. Esteja atento a sinais de pressão ou urgência

Golpistas frequentemente utilizam táticas de pressão para convencer o consumidor a agir rapidamente, como ameaças de suspensão de serviços ou urgência em resolver questões financeiras. Sempre que alguém tentar apressar as coisas ou criar um senso de emergência, desconfie. Empresas sérias não forçam decisões rápidas ou oferecem condições duvidosas.

O diretor executivo da ABT lembra ainda que a Associação é cocriadora do selo Probare, que atesta o comprometimento das empresas com as melhores práticas de atendimento, em mais um esforço em direção à segurança do consumidor. “O selo de ética é concedido às centrais de relacionamento que atendem aos critérios estabelecidos, garantindo que os consumidores recebam um atendimento mais transparente e seguro. Acreditamos que o selo, assim como o sistema Origem Verificada, são algumas das iniciativas que podem nos ajudar a mitigar a escalada dos desse tipo de golpes”, finaliza.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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