De uma pequena casa lotérica ao maior case do setor de loterias no País

Lotérica ocupa pela sexagésima vez o primeiro lugar no ranking da Caixa Econômica Federal

Como uma pequena casa lotérica localizada em Fortaleza, no estado do Ceará, se tornou o maior case do setor de loterias do Brasil, ocupando pela sexagésima vez o primeiro lugar no ranking da Caixa Econômica Federal como a casa lotérica que mais vende bolões em nível nacional

Sessenta vezes campeã nacional na venda de bolões. A marca surpreendente divulgada em recente ranking da Caixa Econômica Federal é de uma casa lotérica cearense, a Loteria Aldeota, que lidera pelo quinto ano consecutivo as vendas de bolões no Brasil. A lotérica cearense se destaca não apenas pela quantidade de apostas comercializadas, mas pelo histórico de premiações, já tendo beneficiado cerca de 281 apostadores e deixado 35 pessoas milionárias. Ao todo, foram mais de R$150 milhões em prêmios, incluindo o histórico valor de R$105 milhões na Mega-Sena em 2020 e um recente prêmio de R$5 milhões na Lotofácil da Independência.

O segredo do sucesso está nas estratégias inteligentes de apostas, especialmente os bolões de 20 dezenas, que aumentam significativamente as chances de acerto. “Jogar seis números entre 60 é uma coisa. Jogar com 20, amplia consideravelmente as probabilidades, pois cobre um volume muito maior de combinações”, explica Alessandro Montenegro, proprietário da Loteria Aldeota, conhecido como o Rei do Bolão.

O atendimento especializado é outro ponto forte. Além dos jogos no próprio estabelecimento, a empresa montou um time de profissionais dedicados ao atendimento virtual. E o que começou com 15 atendentes em 2019, hoje conta com 200 profissionais que fazem as apostas por telefone e via WhatsApp (0800 999 5050).

Montenegro cresceu em uma família modesta no interior do Ceará. Seu pai, funcionário público, sempre valorizou o esforço e a disciplina. Desde cedo, Alessandro demonstrava interesse pelo universo das loterias. “Sempre tive o desejo de ter uma casa lotérica”, lembra ele. O desejo se tornou realidade quando adquiriu sua primeira unidade. A virada decisiva em sua trajetória ocorreu em um dos momentos mais difíceis da história recente: a pandemia de Covid-19. Enquanto o mundo desacelerava, Montenegro enxergou uma oportunidade. “O que seria um cenário ruim acabou sendo um avanço para nós”, afirma o empresário. A necessidade de isolamento social impulsionou sua visão para a modernização e o investimento em tecnologia.

O grande diferencial que catapultou o negócio foi a criação do Delivery da Sorte, um serviço pioneiro que garante a entrega segura dos bilhetes diretamente na residência dos apostadores. Disponível em Fortaleza via motoboy e para todo o Brasil via Sedex, o serviço permite que as apostas sejam feitas e recebidas com segurança. Com essa estratégia, Alessandro não apenas fidelizou apostadores locais, como também expandiu suas vendas para brasileiros residentes no exterior.

Para se manter no topo, a Loteria Aldeota investiu ainda em estrutura. O espaço conta com mais de 500 metros quadrados no coração da Aldeota, bairro nobre da capital cearense; um painel de LED de 30 metros quadrados exibindo dicas e resultados das loterias Caixa, além do aumento do número de colaboradores. Outro diferencial é o estúdio profissional de onde a lotérica transmite, diariamente às 11h30, um programa ao vivo no canal do YouTube Loteria Aldeota, compartilhando informações, dicas e análises para os apostadores.

Contribuição para o Mercado de Loterias no Brasil

O desempenho da Loteria Aldeota reflete o crescimento do setor de apostas no Brasil. Segundo Custódio Albano, presidente do Sindicato das Empresas Lotéricas do Estado do Ceará (Sindiloce), o mercado de jogos tem grande potencial de expansão e atrai cada vez mais investidores. Para se ter uma ideia, em 2023, as Loterias Caixa arrecadaram R$23,2 bilhões, destinando aproximadamente R$10,5 bilhões a programas sociais.

O presidente do Conselho Regional de Economia do Estado do Ceará, Wandemberg Almeida, ressalta ainda que o mercado de loterias vem se destacando cada vez mais, principalmente pela variedade de produtos ofertados. “Isso atrai ainda mais pessoas a apostarem na sorte. Além de gerar empregos e aumentar a arrecadação, o setor impacta diretamente diferentes áreas, desde o setor imobiliário até o financiamento de programas sociais”, conclui.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.