Benefícios corporativos podem ser usados para reter profissionais

Benefícios corporativos podem ser usados para reter profissionais

Com 85% dos profissionais abertos a mudanças, perder bons profissionais se tornou a maior preocupação das grandes empresas

Manter talentos pelo maior tempo possível em uma empresa é tão importante quanto atraí-los. Num mercado de trabalho cada vez mais competitivo, as companhias têm estado mais atentas ao fato de que apenas o salário é insuficiente para garantir a permanência dos colaboradores. Em um levantamento recente, a Robert Half revelou que o temor de perder bons profissionais para o mercado já ocupa a principal preocupação das grandes empresas (60%), ultrapassando até mesmo as urgências por produtividade (56%) e lucratividade (54%).

Um dos motivos para isso é que, com o aumento das vagas remotas e das oportunidades de conexão e networking, os profissionais têm mais opções e menos medo de mudar. Dados do LinkedIn chegam a apontar que 85% dos profissionais estão abertos a novas oportunidades, mesmo empregados.

Para João Henrique Innecco, cofundador da Ecx Pay, empresa especializada em benefícios corporativos, estratégias de retenção devem estar diretamente ligadas à oferta de soluções que impactem o cotidiano dos colaboradores. “Quando a empresa oferece benefícios que ajudam a resolver problemas reais, com vantagens financeiras, acesso a descontos, antecipação salarial ou apoio financeiro em emergências, ela se posiciona como uma parceira da vida do colaborador, o que fortalece o vínculo e pode aumentar seu tempo de casa”, explica.

Segundo a Robert Half, 98% dos profissionais levam em consideração o pacote de benefícios ao avaliar novas oportunidades de trabalho. Entre as soluções que mais contribuem para a permanência dos colaboradores estão os cartões corporativos com desconto em lojas e serviços, assim como clubes de vantagens e vales voltados para despesas essenciais do cotidiano.

“Os descontos em produtos e serviços importantes ou programas de antecipação de salário são exemplos de benefícios que agregam muito no dia a dia dos trabalhadores e que, naturalmente, os conecta ainda mais às organizações que os empregam”, comenta Innecco.

A antecipação salarial, por exemplo, tem se mostrado uma alternativa eficaz para prevenir o endividamento e dar mais estabilidade financeira aos colaboradores. “Muitas famílias, quando enfrentam despesas urgentes, como contas médicas ou conserto de carro, recorrem a empréstimos, cartões de crédito ou cheque especial, que têm juros que podem ultrapassar 300% ao ano”, afirma Innecco. Uma pesquisa realizada pela própria Ecx Pay aponta que aproximadamente 90% das compras realizadas por quem solicita o adiantamento salarial são para despesas básicas, como alimentação e saúde, com um tíquete médio de R$ 219. “Desde que passamos a oferecer uma solução que oferece um adiantamento de até 30%, observamos que o benefício é usado principalmente em momentos de necessidade”, completa.

Além de proteger o colaborador de dívidas e juros abusivos, Innecco aponta que esse tipo de solução também gera impactos positivos para a própria empresa. “Com esse recurso, é possível melhorar a confiança dos funcionários na organização e diminuir o turnover na mesma proporção em que se atua como um verdadeiro parceiro dos empregados”, finaliza o executivo.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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