Como ter um salário mínimo de renda passiva?

Como ter um salário mínimo de renda passiva?
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Especialista mostra os caminhos mais acessíveis para quem deseja começar com aportes de até R$ 200

Construir uma renda passiva equivalente a um salário mínimo no Brasil – atualmente em R$ 1.518 – é um objetivo que exige planejamento de longo prazo, disciplina e um bom entendimento das estratégias de investimento. Atingir essa meta é plenamente viável — mesmo para quem começa com aportes baixos, como R$ 100 ou R$ 200 por mês — desde que o investidor saiba onde aplicar, reinvista os rendimentos e tenha clareza do tempo necessário para alcançar o montante ideal.

Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos, afirma que ter disciplina ao longo desse processo é fundamental para o sucesso e qualquer pessoa pode alcançar: “Com planejamento, disciplina e tempo, qualquer brasileiro pode viver de renda passiva — mesmo que comece com pouco”, afirma Cunha.

A chave está em escolher os ativos certos para cada perfil de risco, diversificar entre renda fixa, fundos imobiliários e ações com foco em dividendos, e manter uma rotina de aportes mensais. “Com um rendimento líquido médio entre 0,7% e 0,8% ao mês, é possível atingir os R$ 1.518 mensais de renda passiva acumulando cerca de R$ 190 mil a R$ 305 mil, dependendo da estratégia adotada”, explica.

Quanto investir para viver de renda passiva

A quantia necessária para obter R$ 1.518 mensais pode variar de acordo com o ativo escolhido:

  • Renda Fixa conservadora (CDI): cerca de R$ 189.750;
  • Fundos Imobiliários (FIIs): entre R$ 189.750 e R$ 216.850;
  • Ações de dividendos: entre R$ 253.000 e R$ 303.600.

Paulo explica que o segredo está na composição equilibrada da carteira. “A diversificação não é apenas uma proteção contra perdas, é uma estratégia inteligente para garantir renda estável em diferentes cenários econômicos.”

Sendo assim, o investidor que combina ativos com diferentes comportamentos — como renda fixa atrelada à inflação, fundos imobiliários de setores resilientes e ações de empresas boas pagadoras de dividendos — consegue reduzir os riscos e aproveitar oportunidades em diferentes fases do ciclo econômico.

Começar com pouco é possível

Um investimento mensal de R$ 200, com rendimento médio de 0,7% ao mês, pode levar cerca de 26 anos para garantir um salário mínimo de renda passiva. “Com R$ 100, o prazo sobe para 34 anos, mas o mais importante é começar. A disciplina, o reinvestimento e o tempo fazem a diferença. Com R$ 100 ou R$ 200 por mês, não se constrói riqueza rápida, mas se constrói liberdade. Desde que haja tempo, reinvestimento e clareza de propósito”, comenta.

Reinvestir os rendimentos é o motor da construção patrimonial. Paulo exemplifica: “Investindo R$ 200 por mês, sem reinvestir, o investidor acumula R$ 24 mil em 10 anos. Reinvestindo, esse valor ultrapassa R$ 34 mil. É o efeito dos juros compostos. Essa diferença pode antecipar a liberdade financeira em anos”, afirma.

“O reinvestimento é o que separa o poupador do verdadeiro investidor”, completa.

Inflação e juros: aliados e vilões

O cenário econômico influencia diretamente a estratégia de quem busca renda passiva. A inflação corrói o poder de compra. Por isso, ativos como Tesouro IPCA, FIIs atrelados a IGP-M ou IPCA e ações de empresas com capacidade de repassar preços são fundamentais.

Em momentos de juros altos, a renda fixa tende a ser mais interessante. Já com juros baixos, o investidor precisa migrar parte do portfólio para ativos de maior retorno — e, consequentemente, mais risco — como ações e imóveis.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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