Decisão do Copom coloca ativos de renda fixa em destaque

Decisão do Copom coloca ativos de renda fixa em destaque
Arley Junior, estrategista de investimentos do Santander.

Oportunidades em renda variável podem ajudar a diversificar carteira

Como esperado, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa de juros em 0,50 ponto percentual para 14,75% ao ano, patamar considerado como um possível fim do ciclo de alta, de acordo com o Departamento Econômico do Santander. Com esta decisão, o que fazer com os investimentos?

Segundo Arley Junior, estrategista de investimentos do Santander, a renda fixa segue à frente como destaque nas indicações, mas, dentro da classe, há, sim, oportunidades para diversificação do portfólio, buscando retornos acima do CDI.

“A categoria de investimentos que chama atenção, por se conectar com essa condição de fim de ciclo, são os investimentos com taxas prefixadas. Os ativos estão com o preço um pouco mais baixo do que o do início do ano, mas seguem com bastante atratividade, considerando que são investimentos que ficarão vigentes por cinco ou seis anos, além de ter opções isentas de IR”, analisa o estrategista.

A Selic deve permanecer no novo patamar até o final do ano, mas a perspectiva para 2026 é de um início de ciclo de corte de juros já no começo do ano, o que deve favorecer os ativos de renda fixa prefixada, gerando ganhos na marcação a mercado.

Cesta de investimentos equilibrada

O estrategista do Santander avalia que é importante olhar também para as demais classes, considerando a estratégia de obter uma cesta de investimentos equilibrada no contexto de diversificação.

“Os multimercados estão em um ciclo de recuperação desde o segundo semestre de 2024 e com uma boa seleção de Fundos é possível potencializar o retorno da carteira, através de uma combinação de estratégias. Além disso, há o potencial de valorização da bolsa no curto prazo, principalmente por conta do fluxo de estrangeiros que se viu nos últimos meses, mas que pode também ser beneficiada no tempo com o fim do ciclo de alta dos juros. Para ações, é também imprescindível uma boa seleção de empresas.”

No exterior, as bolsas vêm apresentando volatilidade neste começo de ano e ainda podem oscilar no curto prazo, mas, para prazos mais longos oferecem oportunidades. Portanto, é, claramente, uma alternativa positiva ter um percentual da carteira em investimentos globais, como fundos de investimentos, BDRs etc.

O estrategista do Santander conclui que o modelo de alocação, nesse momento, é neutro. “Esse posicionamento ocorre por conta da volatilidade que a gente deve continuar observando no curto prazo, mas leva em consideração as oportunidades nos níveis de preços que temos observado em todas as classes”, diz.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *