Banco Central dos Estados Unidos reduz juros em 0,25 ponto percentual

Banco Central dos Estados Unidos reduz juros em 0,25 ponto percentual

Que das taxas deve continuar

O Federal Reserve, que o Banco Central dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (17) a redução de 0,25 ponto percentual na taxa de juros americana. Embora a decisão já fosse amplamente esperada, chamou atenção o voto divergente favorável a um corte maior, de 0,50 ponto percentual, reforçando a sinalização de continuidade do ciclo de reduções.

Na avaliação de Eduardo Tellechea Cairoli, CEO e fundador da Privatto Multi Family Office, o movimento abre espaço para que novos cortes ocorram ainda em 2025, caso os indicadores de inflação e emprego se mantenham favoráveis dos EUA. A perspectiva da gestora é de até três reduções adicionais em 2026, o que tende a criar um ambiente mais favorável para ativos globais.

“Seguimos atentos às implicações desse ciclo de afrouxamento monetário para identificar oportunidades que tragam valor aos nossos clientes”, destaca Cairoli.

Para Dan Siluk, chefe de global short duration e liquidez e gerente de portfólio da Janus Henderson, a previsão é que haja mais dois cortes neste ano, embora o presidente do FED, Jerome Powell, minimizou sua importância, enquadrando as perspectivas como “mais equilibradas” em vez de decisivamente inclinadas para os riscos do mercado de trabalho.

“As revisões do SEP, incluindo inflação mais alta, PIB mais alto e desemprego mais baixo, levantam dúvidas sobre a solidez interna do caminho da política monetária do Fed. Os mercados podem receber bem o viés de flexibilização, mas a mensagem permanece sutil e longe de uma mudança completa”, destaca Siluk.

Justificativa do corte

De acordo com a analista de Macroeconomia da InvestSmart XP, Sara Paixão, “a mudança na percepção do equilíbrio de risco entre os dois mandatos do FED, em especial sobre o mercado de trabalho, que antes era considerado sólido e agora apresenta sinais de desaceleração, foi a principal justificativa para o corte de 0,25%”. 

Outro ponto relevante apontado por Sara Paixão  é que Stephen Miran, novo membro do FOMC indicado por Trump, foi o único a votar por uma intensidade maior de corte, defendendo uma redução de 0,5%.

“O fato evidencia a influência do presidente dos Estados Unidos no FOMC e reacende o debate sobre a independência do Banco Central”, ressalta a analista.

“Apesar do corte, o presidente do FED, Jerome Powell, adotou um tom cauteloso em entrevista, ressaltando que os efeitos das tarifas sobre a inflação ainda não se manifestaram completamente e que, embora o impacto esperado seja de curto prazo, o risco central a ser monitorado é a persistência da inflação, explica Sara Paixão.

 

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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