Pesquisa da Catho aponta que mais da metade das pessoas com deficiência estão desempregadas

Pesquisa da Catho aponta que mais da metade das pessoas com deficiência estão desempregadas

Estudo mostra que desconhecimento sobre a lei de cotas, falta de certificação e preconceito ainda são barreiras para a inclusão no mercado de trabalho

Uma pesquisa realizada pela Catho, plataforma gratuita de empregos, com 1.863 respondentes, revelou que os desafios para a inclusão de pessoas com deficiência (PcDs) no mercado de trabalho ainda são significativos. O levantamento mostra que 57% dos entrevistados estão desempregados, sendo que metade deles busca recolocação de forma ativa. Apesar da existência da Lei de Cotas, que obriga empresas com mais de 100 funcionários a contratarem PcDs, 45% nunca tiveram experiência profissional amparada por ela.

Segundo Patricia Suzuki, diretora de recursos humanos da Redarbor Brasil, detentora da Catho, “os dados reforçam a necessidade de direcionarmos esforços com mais atenção para as pessoas com deficiência e entendermos quais barreiras ainda as afastam do mercado de trabalho. O desemprego alto nesse público é um alerta importante e urgente para empresas, governo e sociedade”.

Entre os participantes, mais de 40% são pessoas com deficiência física, mas uma parcela expressiva enfrenta dificuldades para comprovar oficialmente a deficiência: 38% não têm laudo médico ou certificado do INSS e quase 30% desconhecem o processo para obter o documento.

Oportunidades são restritas

A percepção sobre o mercado também é um ponto de atenção. Para 31% dos entrevistados, as oportunidades para PcDs são restritas e 22% acreditam ser quase inexistentes. Embora 23% reconheçam que as vagas voltadas a esse público estejam relacionadas à conscientização, a maioria (64%) considera que elas só existem por conta da lei de cotas. Esse cenário impacta diretamente a experiência profissional, visto que 43% dos respondentes relataram já ter sofrido algum tipo de preconceito no ambiente de trabalho.

Em relação às principais barreiras para inclusão, destacam-se a falta de oportunidades (18%) e falta de preparo dos gestores (13%), fatores que reforçam, principalmente, a importância de ter maior conscientização e políticas estruturadas dentro das empresas.

“Ainda temos um longo e árduo caminho para tornar o mercado de trabalho mais inclusivo e sem barreiras para pessoas com deficiência. Além de ampliar a oferta de oportunidades, é fundamental investir na formação de líderes e equipes para criar ambientes verdadeiramente acolhedores e acessíveis. Só assim conseguiremos romper com o preconceito e avançar em diversidade”, conclui Patricia.

Crédito da foto: Freepik

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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