Isenção no IR para quem ganha até 5 mil abre espaço para reorganizar o orçamento com inteligência financeira

Isenção no IR para quem ganha até 5 mil abre espaço para reorganizar o orçamento com inteligência financeira
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Medida aprovada no Senado deve passar a valer em janeiro de 2026 e permite economizar e planejar o uso desse dinheiro

A aprovação da nova faixa de isenção do Imposto de Renda pelo Senado Federal muda o cenário para milhões de brasileiros. A medida isenta do tributo quem recebe até cinco mil reais por mês e promete aliviar o bolso de trabalhadores que convivem há anos com orçamentos sufocados pela carga tributária. O impacto é claro e direto, pois quem hoje paga cerca de R$300 mensais em imposto, pode economizar mais de R$ 4 mil ao longo do ano.

Para os especialistas, essa economia representa um alívio imediato e pode ser um ponto de partida para um novo olhar sobre o dinheiro. “Quando o contribuinte entende que esse valor é dele e que pode direcioná-lo de forma consciente, surge uma oportunidade real de mudança de comportamento. É aí que entra a inteligência financeira”, explica a planejadora Adriana Ricci, que também é fundadora da SHS Investimentos.

Segundo ela, a medida tem o potencial de impulsionar uma mudança cultural no Brasil, onde o hábito de poupar ainda é limitado por uma combinação de fatores históricos e comportamentais.

“Durante décadas, a inflação sempre em alta e a instabilidade econômica fizeram com que o consumo imediato se tornasse prioridade, enquanto guardar dinheiro era inviável diante da perda constante do poder de compra”, explica Adriana.

A planejadora financeira lamenta que a falta de educação financeira impeça que muitos compreendam a importância dos juros compostos, da reserva de emergência e do investimento a longo prazo. “O brasileiro foi condicionado a pensar no presente e não no futuro. Quando sobra alguma coisa, a tendência é gastar com o que traz satisfação imediata, e não planejar. Mudar essa mentalidade é o primeiro passo para que a gente avance em maturidade financeira”, observa a especialista que tem 25 anos de atuação e expertise com o mercado financeiro.

De acordo com a planejadora financeira, quitar dívidas que cobram juros altos, como o cartão de crédito ou limite bancário, deve ser prioridade, e imediatamente em seguida, criar uma reserva de emergência equivalente ao período de 3 a 6 meses de despesas fixas para segurança diante de situações inesperadas. “Com o orçamento em ordem, aí sim já é possível pensar em planejar o futuro com mais tranquilidade e ganhar liberdade para investir”, explica.

Finanças sob controle, o caminho se abre para aplicações que unem segurança e rentabilidade. A indicação de Adriana é abrir uma conta em um banco de investimento, o que pode ser feito de forma simples e rápida pela internet, e aplicar em CDBs com liquidez diária, Tesouro Direto e fundos de investimento, opções acessíveis e excelentes para quem está começando. “O mais importante é criar o hábito de guardar e aplicar. O dinheiro que antes saía automaticamente do salário, agora pode trabalhar a favor do contribuinte e esse é o principal ensinamento”, orienta a especialista.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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