Mercado imobiliário de Curitiba tem recorde de vendas

Mercado imobiliário de Curitiba tem recorde de vendas

Estoque atual de imóveis na Capital é de cerca de 10 mil unidades

O mercado imobiliário de Curitiba e Região Metropolitana encerrou o terceiro trimestre de 2025 com resultados robustos, demonstrando resiliência e força. Os dados, apresentados durante reunião promovida pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), em um estudo detalhado conduzido por Marcos Kahtalian, sócio-fundador da BRAIN Inteligência Estratégica, apontam para recorde de vendas e alta projeção de obras futuras na região, que concentra cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.

O volume de vendas de unidades verticais na capital paranaense atingiu a marca recorde de 3.089 unidades vendidas no terceiro trimestre de 2025. Paralelamente, o Valor Geral de Vendas (VGV) lançado também impulsionou o setor, alcançando aproximadamente R$ 2,2 bilhões no mesmo período. No acumulado de 12 meses, Curitiba se consolida como um dos principais polos do país, registrando um VGV de R$ 8,1 bilhões, o que a posiciona em 4º lugar no ranking nacional.

“O volume de vendas foi verdadeiramente recorde, e isso reflete uma demanda sólida e estável, com um estoque atual em Curitiba de cerca de 10 mil unidades e boa velocidade de absorção. Isso nos dá segurança para o desenvolvimento de novos projetos”, explica Thomas Gomes, Presidente da Ademi-PR.

O futuro aquecimento do mercado formal é sinalizado pela expressiva liberação de alvarás de construção. O acumulado dos últimos 12 meses atingiu 16.161 unidades liberadas. No entanto, o estudo notou uma mudança no perfil das construções.

“Observamos um aumento significativo no número de unidades aprovadas, mas com a manutenção da mesma área total em metros quadrados liberada. Isso indica uma clara tendência de desenvolvimento de projetos com metragens menores, o que é corroborado pelo foco atual em unidades compactas, com cerca de 3.500 lançamentos em Curitiba até setembro”, afirma Marcos Kahtalian.

“Apesar da forte tendência por compactos, é importante que o setor mantenha um monitoramento atento ao volume de lançamentos de estúdios. Este segmento segue avançando, o que exige cautela e precisão na elaboração de novos projetos”, alerta.

Baixa oferta de imóveis do MCMV

O estudo levanta ainda um ponto de atenção para a habitação de interesse social. O segmento do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), com teto de até R$350 mil, tem uma representatividade muito baixa em Curitiba, com apenas 249 unidades na oferta, o que é desproporcional ao tamanho da cidade.

Kahtalian alerta que “a viabilidade de empreendimentos MCMV na Região Metropolitana também está difícil. É fundamental que haja uma articulação entre o setor público e privado para encontrarmos soluções que garantam a oferta de habitação popular digna, pois a baixa representatividade desse segmento é preocupante para a cidade e para a RM”.

“A combinação do ciclo eleitoral com a desaceleração do crescimento econômico trará volatilidade em 2026. A boa notícia é que o setor terá o suporte das políticas de habitação, como o MCMV e o SBPE, garantindo que a demanda continue atendida sem pressionar o estoque, mantendo o equilíbrio setorial”, destaca o presidente da Ademi-PR.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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