Tesouro Direto ganha força e mostra como brasileiros podem começar a investir com pouco

Tesouro Direto ganha força e mostra como brasileiros podem começar a investir com pouco

Com juros altos, educação financeira e acessibilidade, títulos públicos viram alternativa simples para quem deseja proteger e aumentar o patrimônio

O número de pessoas que investem no Tesouro Direto não para de crescer. De acordo com o balanço divulgado pelo Tesouro Nacional em agosto, já são quase 20% a mais de investidores ativos sobre o mesmo período do ano passado, movimento que demonstra como a renda fixa, antes vista como opção restrita a especialistas, hoje faz parte do planejamento financeiro de milhares de brasileiros.

A fundadora da SHS Investimentos, Adriana Ricci, aponta que o interesse pode ser explicado por uma combinação de fatores. A taxa básica de juros em patamar elevado aumenta a atratividade dos títulos, especialmente os que acompanham a Selic. “Na prática, o investidor encontra no Tesouro Direto uma alternativa segura, acessível e que rende mais do que a poupança, tradicional porta de entrada no mundo dos investimentos”, afirma.

Além do cenário econômico, a disseminação da educação financeira também pesa. Cursos, redes sociais e iniciativas escolares têm despertado o hábito de pensar no futuro e buscar aplicações que tragam previsibilidade.

“O brasileiro está aprendendo que guardar dinheiro não significa deixar parado na conta. Investir no Tesouro Direto é uma forma de proteger o patrimônio e, ao mesmo tempo, conquistar objetivos de médio e longo prazo”, complementa Adriana.

Outro fator que explica o salto de investidores é a simplicidade da plataforma. Qualquer pessoa com CPF e conta em corretora pode aplicar valores a partir de 30 reais. “A ideia de que investir é só para quem tem muito dinheiro está perdendo espaço. O Tesouro Direto mostra que dá para começar com pouco, com segurança e sem mistério”, completa Ricci.

A especialista, que tem mais de 25 anos de atuação no mercado financeiro, explica como investir no Tesouro Direto em cinco passos:

  1. Abra uma conta em uma corretora habilitada. Escolha uma instituição financeira autorizada pelo Tesouro Nacional. Muitas não cobram taxa de custódia ou intermediação para o Tesouro Direto.
  2. Faça o cadastro no Tesouro Direto. Depois de aberta a conta, a própria corretora realiza a integração com a plataforma do Tesouro. Basta confirmar seus dados e criar a senha de acesso.
  3. Transfira o dinheiro que deseja aplicar. Envie para a conta da corretora o valor que pretende investir. O Tesouro permite aplicações a partir de 30 reais, o que facilita começar sem comprometer o orçamento.
  4. Escolha o título mais adequado ao seu objetivo:
    – Tesouro Selic: indicado para reserva de emergência, pois tem liquidez diária e acompanha a taxa básica de juros.
    – Tesouro IPCA+: protege da inflação e serve para objetivos de médio e longo prazo, como aposentadoria ou compra de imóvel.
    – Tesouro Prefixado: paga uma taxa definida no momento da aplicação e é indicado para quem aposta em estabilidade nos juros.
  5. Acompanhe e, se necessário, resgate. Os títulos podem ser vendidos antes do vencimento no mercado secundário, mas o ideal é mantê-los até a data final para garantir a rentabilidade contratada.

Com a combinação de juros atrativos, maior consciência financeira e facilidade de acesso, o Tesouro Direto se firma como um dos instrumentos mais democráticos do mercado. “Quando o investidor entende os passos e percebe que pode começar pequeno, o Tesouro deixa de ser apenas uma opção rentável e passa a ser um aliado real do planejamento financeiro”, conclui Adriana Ricci.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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