Loja de calçados, um segmento em expansão
Os últimos dez anos, as lojas de calçados passaram por um peíodo de grande expansão. Esse crescimento ocorreu em função da qualidade dos calçados e também por uma mudança cultural, pois uma boa parte dos consumidores passou a preferir a compra de novos calçados ao invés de consertá-los.
Quando se pensa em venda de calçados apresentam-se como opção três tipos de lojas: as multimarcas, que é o tipo mais comum e que trabalha simultaneamente com vários fornecedores e modelos de calçados; a franqueada, que negocia especificamente os modelos fabricados pela marca representada. E as lojas de fábrica, que além de só negociarem o próprio calçado, também costumam apresentar preços competitivos.
A localização do empreendimento deverá se basear tanto no estilo da loja que será montada quanto no seu público-alvo, incluindo ainda uma avaliação do tamanho do negócio. Já o candidato a empresário deve entrar no negócio consciente de que deverá estar presente em tempo integral, inclusive aos sábados, domingos e até mesmo feriados. O empresário também deverá integrar a gestão das diversas áreas da empresa, principalmente no início das atividades do novo empreendimento, tanto na parte comercial, quanto operacional e na gestão financeira do negócio.
De acordo com cálculos do Sebrae, o investimento inicial para abrir uma loja de calçados é de cerca de R$ 17 mil com a compra de equipamentos e mobiliário e mais R$ 60 mil para a aquisição de mercadorias. Entretanto, tudo dependerá do porte da loja.
Quem está pensando em ingressar no mercado de calçados deve estar consciente que este é um segmento bastante concorrido. Só em Curitiba existem 315 lojas que vendem sapatos e bolsas. Hoje cada brasileiro compra em média três pares de sapato por ano. Nos Estados Unidos, maior consumidor do mundo, cada americano compra 6,7 pares/ano e no Japão 3,5 pares de calçados/anuais. Entretanto, nós brasileiros consumimos bem mais sapatos que os argentinos. Na Argentina, o consumo per capita é de 2,2 sapatos/ano.