Padronização de medidas no setor de confecções avança, mas em ritmo lento
Ainda que a passos muito lentos, a padronização de medidas no setor de vestuário ganha um novo capítulo. Depois das normas para a produção de meias, definidas no começo do ano, a padronização chega agora ao vestuário infanto-juvenil. Dessa forma, a indústria terá como base medidas corporais para a fabricação das peças, e não mais a idade como um indicativo de tamanho. As novas medidas, contudo, devem ser aderidas voluntariamente pelos fabricantes, a partir de outubro.
A nova padronização visa acabar com as diferenças de medidas encontradas pelos consumidores quando compram roupas P, M, G ou GG em locais diferentes ou de fabricantes diversos. Depois das roupas infantis, será a vez das masculinas e, a previsão é de que até o final do ano, a padronização de tamanho chegue ao vestuário feminino, que é um dos segmentos que mais tem problemas. Em algumas confecções a roupa com etiqueta G não veste a consumidora que tem manequim M e vice-versa.
Para o consumidor saber se a peça de roupa que está comprando segue ou não os novos padrões, basta verificar se ela contém um selo, que assegura a padronização nos tamanhos e nas caracteísticas estabelecidas pela Associação Brasileira do Vestuário. Este selo já está disponível para as meias e a partir de outubro, como eu falei, estará presente também no vestuário infantil.
A padronização de tamanhos das roupas será também uma arma contra os produtos piratas e de má qualidade, que hoje prejudicam o nosso mercado. Além disso, as novas medidas devem trazer maior segurança para o consumidor, ao adquirir produtos pela internet ou por meio de catálogos.