Detentos solucionam problema de mão-de-obra da Risotolá¢ndia
A contratação de detentos com liberdade semi-aberta da Penitenciária de Piraquara foi a forma encontrada pela Risotolá¢ndia, que é uma das maiores empresas de refeições coletivas do País, a resolver a falta de mão-de-obra masculina na unidade de Araucária. በque com as obras da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), o estoque de trabalhadores masculinos daquele município praticamente se esgotou. Â
A gerente de Recursos Humanos da Risotolá¢ndia, Benildes Vieira, tinha um projeto que visava á contratação de detentos engavetado desde 2007. Entretanto, ele foi colocado em prática em setembro do ano passado quando todas as tentativas para contratação de funcionários do sexo masculino em Araucária foram esgotadas. Inicialmente foram contratados 13 detentos. Hoje são 40 detentos que vieram a se somar aos 700 funcionários da Risolá¢ndia de Araucária, que produz 170 mil refeições/dia.
A gerente de RH da Risotolá¢ndia me contou que os funcionários que são chamados de VIPs, ou seja, Vindos do Interior de Piraquara, conforme a Lei de Execuções Penais não podem ser registrados, mas conforme convênio fechado com a Secretaria da Justiça e Depen, eles recebem mensalmente 75% do valor do salário mínimo. Eles também têm direito ao transporte, alimentação, uniforme e a cada três dias trabalhados, a pena é reduzida em um dia.
Para a empresa o ganho além da parte social, e da formação de mão-de-obra, ela também consegue reduzir os seus custos. Os detentos de Piraquara são fornecidos para a Risotolá¢ndia através de uma seleção feita pelo sistema penitenciário. Os Vips são acompanhados diariamente ao trabalho por três agentes penitenciários. A maior parte deles trabalha no setor de higienização de bandejas, hot Box e garrafas térmicas. Outros foram colocados no almoxarifado, dois são confeiteiros e um é auxiliar de cozinha.  Â