Moçambique é a porta de entrada para o mercado africano

Uma porta de entrada para empresas brasileiras que queiram expandir seus negócios para o mercado africano. Assim o cônsul de Moçambique, Adilson Romualdo Neves, descreveu o país, durante o primeiro workshop de Oportunidades de Negócios com Moçambique, realizado nesta terça-feira (27), em Curitiba. O evento foi promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN-PR), e reuniu cerca de 50 empresários interessados em conhecer o panorama para investimentos no país africano. No workshop, foi apresentada também a missão que levará empresários para visitar a Feira de Indústria e Comércio de Moçambique (Facim).

Segundo Neves, Moçambique é hoje um canteiro de obras, com investimentos pesados do governo local principalmente em infraestrutura. Com estabilidade política desde 1992, quando saiu de uma guerra civil que durou 17 anos, o país ainda passa por uma reconstrução. Além disso, devido aos investimentos tanto públicos quanto privados em infraestrutura e construção civil, muitas empresas brasileiras do setor já estão atuando em Moçambique. O mesmo acontece com grandes mineradoras, que exploram o potencial em recursos naturais do país. De acordo com o cônsul, há muito mercado para cosméticos, medicamentos, mobiliário médico, produtos agícolas, máquinas e equipamentos, alimentos e tantos outros”, disse.

O movimento de empresas nacionais rumo a Moçambique pode ser comprovado com o relevante número de vistos fornecidos pelo consulado a profissionais brasileiros. Há dois meses, emitimos 3 mil vistos para brasileiros que estavam indo trabalhar em obras moçambicanas tocadas por empresas daqui”, contou Neves.

Atualmente, o Brasil é majoritariamente exportador na relação comercial com Moçambique. No ano passado, empresas brasileiras vendaram U$ 242 milhões em produtos ao país africano. As companhias paranaenses responderam por apenas 3,57% do total (U$ 3,85 milhões), exportando principalmente alimentos. As importações brasileiras vindas de Moçambique, por sua vez, totalizaram somente U$ 2,12 milhões, sendo que nenhuma empresa do Paraná comprou produtos do país africano.

Para o cônsul, porém, mais do que explorar as oportunidades no próprio país, as companhias brasileiras podem usar Moçambique como um ponto estratégico para atingir a Comunidade para o Desenvolvimento da áfrica Austral (SADC, na sigla em inglês), bloco econômico cujos países totalizam uma população de 288 milhões de habitantes e um PIB de US$ 266 bilhões. Durante o workshop, também foi apresentada a segunda missão empresarial a Moçambique, da qual o CIN-PR é um dos divulgadores. A missão levará empresários brasileiros para visitar a Feira de Indústria e Comércio de Moçambique (Facim), que será realizada na capital Maputo entre 31 de agosto e 6 de setembro.

Soma

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