Envio de líderes brasileiros para atuar no exterior deve crescer 20% nos próximos três anos

executivos em viagemEmpresas em mercados de rápido crescimento, como no caso do brasileiro, enfrentam desafios em relação a seus talentos à medida que se expandem. Isto é o que mostra o estudo “Growing Pains” (Dores de Crescimento), resultado de uma pesquisa realizada pela Ernst & Young com 810 altos executivos, de 21 setores, em 35 países, incluindo o Brasil. Segundo o estudo, nos próximos três anos o número de líderes daqui enviados para trabalhar no exterior crescerá 20%. Frente a esta tendência vem a questão: Qual o nível de preparo dos brasileiros para atuação no exterior?

Para Tatiana da Ponte, sócia líder de Capital Humano da Ernst & Young Terco, para adquirir competências a técnica é importante, mas é a prática que consolida o aprendizado. Neste sentido, as aptidões que os profissionais têm adquirido ao liderar empresas no Brasil nas últimas décadas são aquelas requeridas em nosso cenário – ora de crise, ora de rápido crescimento. “Formamos gênios em criatividade, flexibilidade e habilidades para lidar com adversidades. Por outro lado, ainda nos falta adquirir competências requisitadas para liderar mercados maduros, como inovação, agilidade, e habilidades para gerar ou aumentar produtividade, em outras palavras, fazer mais com menos”, enumera ela.

Grandes empresas nacionais se internacionalizaram há décadas, na corrente dos países desenvolvidos, mas a maioria começou a enfrentar esse desafio nos últimos cinco anos graças à estabilidade política e econômica. Com isso, os executivos brasileiros que foram liderar empresas nacionais no exterior de 2008 até hoje continuam atuando em um contexto que lhes é familiar: crise. Segundo ela, levará alguns anos para assistir a retomada plena da economia nos países desenvolvidos e para nossos líderes terem sedimentada a capacidade de liderar empresas em mercados maduros.

Ela ressalta, ainda, que no curto prazo os talentos expatriados farão falta, sendo necessário substituí-los por uma liderança estrangeira, ou por meio da aceleração da formação de novos líderes, ou ainda por ambas alternativas. “Em alguns anos, contudo, estes líderes brasileiros que hoje atuam no exterior terão competências completas e poderão retornar para liderar empresas nacionais ou multinacionais, ou ainda, continuar a expansão no exterior”, aponta.

Tatiana alerta que sobre o risco de perder estes talentos formados para empresas de outros países. “Para não correr esse risco, o RH assume funções mais do que estratégicas. As lideranças de RH de economias maduras já debatem com frequência temas como estratégia de talentos atrelada aos objetivos de negócios, mapeamento global de competências, integração entre mobilidade global e plano de sucessão, desenvolvimento e capacitação global.  E são essas discussões que os levam a obter um diferencial competitivo e garantir um banco global de talentos”, enumera.

Assim, não está em jogo apenas o preparo dos líderes brasileiros para atuação global, mas também a capacitação da liderança de Recursos Humanos para implementar uma Gestão Global de Talentos que permita reter mentes brilhantes, atrair muitas outras e vencer fora das fronteiras.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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