Cai abate de bois, mas o de suínos e frangos batem recorde

O abate de bovinos no Brasil caiu 10,8% no terceiro trimestre de 2015, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto os abates de suínos e de frangos bateram recordes. Os resultados apresentados pelo IBGE refletem o cenário atual do mercado interno de carnes, no qual a redução do poder de compra tem resultado na preferência pelo consumo de proteínas mais baratas. Os números também refletem a alta das exportações de frango e de suínos. De agosto a outubro, o abate de bovinos somou 7,56 milhões de cabeças. O peso acumulado das carcaças foi de 1,87 milhão de toneladas, 8,3% menor que o contabilizado há um ano. A queda no terceiro trimestre ficou em linha com as desacelerações que já vinham sendo observadas neste ano no abate de bovinos.
No setor de suínos, o abate somou 10,2 milhões de cabeças no terceiro trimestre – um recorde desde que o IBGE iniciou a pesquisa em 1997. O resultado representa aumento de 5,5% ante o terceiro trimestre de 2014. O peso acumulado das carcaças de suínos abatidos de agosto a outubro foi de 896,4 mil toneladas, aumento de 7,5% ante 2014.
O abate de frangos no terceiro trimestre deste ano também foi o maior desde 1997, somando 1,5 bilhão de cabeças, alta de 6,9% ante o terceiro trimestre de 2014. As carcaças abatidas acumulam peso de 3,38 milhões de toneladas no período, aumento de 5,1%, na comparação anual.