Inaugurada no Paraná primeira Incubadora de Escritórios de Advocacia do Brasil

Os dois primeiros anos de uma empresa são os mais críticos para sua sobrevivência. Se somar isso à falta de experiência gerencial dos profissionais recém formados, a receita, com certeza, tende ao desastre. Uma saída encontrada para esses casos são as incubadoras de empresas, que fazem a ponte entre o conhecimento gerado nas universidades e o mercado, por meio de empresas inovadoras.

A ideia é que, em um ambiente propício ao empreendedorismo e com apoio gerencial, as empresas tenham melhores condições de desenvolvimento e possam focar em inovação como diferencial. No Brasil existem hoje cerca de 380 incubadoras, que abrigam em torno de 2 mil empresas e geram milhares de postos de trabalho, sem contar os produtos e serviços inovadores que oferecem ao mercado.

Em geral, as incubadoras são de base tradicional (com foco nos setores tradicionais do mercado) ou de base tecnológica (com foco em empresas que aplicam ou desenvolvem uma tecnologia inovadora), mas a solução já está invadindo novos campos do conhecimento que tradicionalmente não focam em disciplinas de gestão ou empreendedorismo, como é o caso do Direito, por exemplo.

A Incubadora de Escritórios de Advocacia nasceu justamente para suprir essa carência e, ao mesmo tempo, ampliar o campo de atuação dos profissionais recém-formados. Fruto de uma parceria entre a Universidade Positivo (UP) e o Instituto Internacional de Gestão Legal (IGL), o resultado será o desenvolvimento de jovens advogados que queiram atuar em áreas inovadoras do Direito, com capacitação gerencial e administrativa.

De acordo com Rodrigo Bertozzi, integrante do Conselho de Administração do IGL, a ideia era revolucionar a área jurídica e atrair novos talentos. “O projeto da Incubadora na Advocacia é o primeiro do gênero no mundo. Foi inspirado nos modelos de incubadoras já existentes em outras áreas, entendendo que o Direito também precisa revolucionar ao longo do tempo”, analisa ele, que acredita que os alunos participantes vão ganhar o conhecimento e experiência que advogados geralmente levam cerca de 10 anos para adquirir. Bertozzi também destaca que uns dos requisitos para implantação da Incubadora, é que os acadêmicos precisam ter sido aprovados no Exame de Ordem da OAB.

Único no Brasil, o projeto abriu as inscrições em setembro e contou com cerca de 80 alunos inscritos. Desses, 40 foram selecionados para participar da fase de pré-incubação, que tem duração de dois meses e capacita os participantes a estruturar um plano de negócios com foco em inovação na área jurídica. Eles aprendem metodologias de administração e gerenciamento estratégico, como o Canvas, por exemplo.

De acordo com Lara Selem, integrante do Conselho de Administração do IGL e uma das idealizadoras do projeto, o objetivo principal do IGL é desenvolver e multiplicar o conceito de Gestão Legal pelo país por meio de diferentes projetos, inclusive a incubadora. “O desafio de realizar este projeto em conjunto com a Universidade Positivo será um grande passo para o desenvolvimento do setor jurídico, especialmente para acadêmicos e jovens advogados”, comentou ela.

Durante esse tempo, eles se reúnem aos sábados e participam de palestras, dinâmicas e consultorias para preparar o projeto que será analisado pela comissão julgadora. Apenas dois planos de negócio passarão para a fase de incubação e, por isso, a preparação deve ser cuidadosa. “Estamos aprendendo muito nessa fase, tanto na teoria, quanto na prática. Já visitamos escritórios de diversas áreas para aprimorar nosso plano de negócios e a expectativa para a apresentação está grande” conta Lívia de Sena Machado, aluna do 10º período de Direito e participante do programa.

Após a seleção, os dois planos de negócio escolhidos passarão para a fase de incubação. Com duração de um ano, os alunos terão apoio nas áreas de gestão legal e desenvolvimento técnico-jurídico para aprimorar o plano de negócio. “Durante essa fase, as equipes vão amadurecer a ideia aprovada e prepará-la para que, após a fase de incubação, ela vire um escritório de sucesso”, explica a professora de Direito da Universidade Positivo, Thais Lunardi. Segundo ela, a meta é estimular, ao mesmo tempo, a prática jurídica e a inovação nos futuros profissionais. “Ao serem incubados, queremos capacitar os universitários para que eles possam, em pouco tempo, se colocar no mercado de trabalho, de forma autônoma ou em escritórios já existentes”, afirma.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *