Mesmo com a crise, Grupo Boticário prevê crescimento nas vendas este ano

Artur Grynbaum: a abertura de lojas exigiu mais atenção em 2015.
Artur Grynbaum: a abertura de lojas exigiu mais atenção em 2015.

Pela primeira vez em 23 anos o setor de beleza e cosméticos vai fechar no vermelho. E a crise também acabou afetando as vendas do Grupo Boticário, embora num ritmo bem menor. No ano passado, as vendas do grupo registraram crescimento de 16%. Este ano, o crescimento deve ficar em um dígito, admitiu nesta quinta-feira (3) o presidente do Grupo Boticário, Artur Grynbaum, o que considera uma vitória em relação a outras redes de varejo. O Grupo que controla as unidades de negócio O Boticário, Eudora, quem disse Berenice? e The Beauty Box, termina 2015 com a abertura de 75 novas lojas, ou 25 a mais do que as 50 previstas, e atingindo 3.962 pontos de venda no Brasil.

“Nós sabíamos que 2015 seria um ano difícil. Ainda assim conseguimos aproveitar as boas oportunidades de ampliação da atuação das quatro marcas. A abertura de lojas exigiu mais atenção, mas fazemos o nosso futuro hoje e precisamos olhar não apenas para este período. Depois de 2015 vem 2016, 2017 e é preciso estar preparado”, afirma Grynbaum, admitindo que o grupo que tem 100% de capital paranaense tem uma visão voltada para o longo prazo.
Para o presidente do Boticário, a crise que estamos enfrentando é diferente das outras que o País já passou, pois tem como pano de fundo uma crise política, o que está provocando um engessamento. “Fica difícil fazer as coisas no curto prazo”, destaca.

Boticário - fábricaEm busca do melhor modelo organizacional no longo prazo, 2015 foi um ano de redesenho da estrutura da companhia. Foram planejadas novas frentes estratégicas na empresa, lideradas por quatro vice-presidências: Negócios Franquias, Novos Negócios, Corporativa e Desenvolvimento Humano e Organizacional. “Apostamos neste modelo para buscar mais eficiência e integração com a rede franqueada e, também, entre as quatro unidades de negócio. A nova estrutura deu agilidade às ações e da organização”, afirma Grynbaum.

Com as movimentações no desenho interno e nas operações de varejo, o Grupo também apostou em duas frentes importantes para garantir o desenvolvimento dos negócios em um ano cheio de desafios: inovação e sustentabilidade. Tradicionalmente, o Grupo Boticário investe 2,5% do seu faturamento anual em inovação. Nos últimos cinco anos, as marcas O Boticário, Eudora, quem disse Berenice? e The Beauty Box lançaram 5.300 novos produtos, sendo 1.300 só em 2015. O Grupo também se tornou a primeira empresa brasileira a desenvolver a pele humana em laboratório. Ainda este ano foi consolidada a participação da fábrica da Bahia, inaugurada em 2014. A nova unidade concentrou a produção em 216 itens do portfólio do grupo e produziu, de janeiro a novembro de 2015, mais de 46 milhões de unidades, atingindo índices globais em eficiência industrial.

Para 2016, o grupo prefere não fazer projeções, mas de acordo com Grynbaum, “a vida continua, as pessoas continuam consumindo os produtos e temos crença no país. Nosso planejamento a longo prazo nos permitiu passar o ano de 2015 com um pouco de tranquilidade apesar da crise”.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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