Na hora de cobrar dívidas, empresas devem ter mais cuidado na abordagem dos devedores

dívidasCom o aumento do desemprego a inadimplência vem atingindo números recordes.  Atualmente, de cada dez brasileiros, quatro estão inadimplentes.  E essa situação vem causando um sério desequilíbrio no fluxo de caixa das empresas.

No afã de receber pelas vendas de mercadorias ou serviços efetuados, muitas empresas têm partido para as cobranças diretas, ou seja, têm entrado em contato com seus clientes, ora pessoalmente, ora por escrito, por telefone ou até por e-mail. Até aí nada de mais, pois quem vendeu tem que receber.  Contudo, o que se verifica é muitas empresas têm esbarrado em graves erros de ordem legal e acabam ferindo a sua imagem comercial, tamanho é o despreparo técnico de seus funcionários para conduzirem as cobranças de maneira eficaz.

O artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor diz que, na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não pode ser exposto a ridículo ou submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça. No entanto, o que se constata é que o Poder Judiciário está abarrotado de ações indenizatórias impetradas por consumidores que alegam terem sido lesados com base nesse artigo. Portanto, todo cuidado é pouco.

Outro problema enfrentado pelas empresas credoras é a dificuldade de oferecer facilidades para que o devedor quite o seu débito. Falta de informações claras quanto à forma de pagamento, erros em dados para depósito bancário, falta de polidez no trato pessoal e ausência de opções de pagamento são apenas alguns dos problemas que o credor impõe de maneira despercebida ao seu devedor. E esses detalhes podem fazer toda a diferença na hora de receber ou não uma dívida.

A melhor saída para que a cobrança não se torne uma dificuldade para os dois lados é ter práticas claras, simples e maneiras impessoais de cobrar a dívida. Em primeiro lugar, a empresa tem que se organizar. É essencial que o cadastro dos clientes esteja atualizado e as contas da empresa em dia. Sem um controle sobre as finanças e uma contabilidade básica fica impossível administrar um negócio de qualquer porte.

O segundo passo é negociar as formas de pagamento previamente, evitando mal entendidos na hora da cobrança.

Por último, na hora de executar a cobrança, uma das melhores saídas é utilizar os serviços automáticos de notificação do cliente. As ferramentas permitem que o processo seja executado de maneira recorrente e sem precisar da abordagem pessoal nem dos boletos de cobrança.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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