Conselho de ética na empresa familiar precisa ser independente
Atualmente em várias esferas da sociedade há uma cobrança perene sobre a ética e sua importância. A ética deve atuar no cotidiano de todas as empresas. A palavra em si tem origem na Grécia com o termo “ethos” que significa costumes, mas atualmente nas empresas pode ser compreendida como um conjunto de princípios básicos para a disciplina dos costumes, da moral e da conduta das pessoas dentro da organização.
Eduardo Valério, diretor-presidente da JValério, especializada em empresas familiares, explica que o comitê de ética de uma organização precisa ser um órgão independente ligado aos acionistas ou ao conselho de administração e que, antes de tudo, precisa ter a sua criação baseada em valores e princípios dos próprios controladores da empresa: “com base nestes valores e princípios são determinadas algumas diretrizes éticas que norteiem todos os negócios da companhia e para terceiros. O comitê de ética é responsável por zelar os comportamentos e atitudes percebíveis em todos os escalões da organização. É um movimento complexo de ser feito nas empresas não só para ser estruturado mas também para serem exercidos”.
Eduardo explica que é desejável que este comitê seja formado por pessoas independentes de funções de gestão: “Muitas vezes encontramos nesses comitês acionistas da empresa, mas são acionistas que não fazem parte de nenhum órgão da governança da companhia. O que vai prevalecer é a independência deste órgão.”
Uma vez escolhido os membros do conselho de ética, estes ficarão responsáveis por confeccionar o Código de Ética da empresa; divulgar os padrões de conduta dentro e fora da empresa; avaliar e apoiar dúvidas sobre questões éticas e julgar os casos de violação do Código de Ética.