Empreendedores precisam saber contratar

 

As novas contratações são mais focadas e têm uma assertividade maior.
As novas contratações são mais focadas e têm uma assertividade maior.

Está cada vez mais corriqueiro ouvir histórias sobre profissionais que estão buscando novos negócios por conta própria. Tem engenheira industrial abrindo uma assistência técnica de computadores. Ou mesmo o amigo contador arriscando tudo em um food truck. A crise é a mola propulsora desta onda de empreendedorismo. A boa notícia é que esses novos empreendimentos também significam novas oportunidades para quem está buscando uma recolocação no mercado de trabalho.

Jéssica França, assistente comercial da NOSSA Gestão de Pessoas e Serviços, explica que há uma demanda de empresas menores e que precisam de um setor administrativo, de alguém para entregas, vendedores e outros tipo de vagas: “Nos últimos meses o mercado vem mudando, hoje não temos grandes volumes como antigamente, mas sim o perfil do cliente está diferenciado, ou seja, ele tem uma contratação mais consciente ele pensa mais antes de contratar e ele contrata menos pessoas de uma forma mais direcionada, com profissionais multifuncionais, aquele que faz mais coisas e tem mais qualificação”.

As novas contratações, portanto, são mais focadas e têm uma assertividade maior em função disso. Mais que uma moda, essa é uma tendência de mercado. Tanto que a responsável pela Qualidade da NOSSA Gestão de Pessoas e Serviços, Thaisa Batista, explica que o movimento no mercado é para as pessoas que estão se tornando empreendedoras por necessidade, como um efeito reverso à crise: “É alguém que perdeu o emprego, está lá com uma quantia disponível da rescisão, não consegue uma recolocação no mercado e decide empreender. Pode dar certo ou não, mas está movimentando o mercado”.

Por exemplo, é criado um empreendimento que muitas vezes é focado apenas no core bussines, que é a parte central de um negócio. Uma pessoa sabe fazer doces e bolos ou em atender clientes, mas não tem experiência em reconhecer quais são as competências que ele precisa na equipe, aí o problema aparece e o empreendedor precisa de ajuda.

Como a pessoa não tem essa expertise, o ideal é buscar uma empresa de seleção. Thaisa sabe quais são as principais carências das empresas:

– Conhecer como é esse processo de seleção;
– O que é um recrutamento;
– Como é a escolha dos candidatos;
– Como analisar os currículos;
– Qual a melhor maneira de anunciar uma vaga;
– A limitação de cada função.

Para a especialista, a análise precisa ser muito crítica e técnica, pois, quem busca estes profissionais quer uma solução para todos os seus problemas – e muitas vezes com profissionais polivalentes e dinâmicas no sentido saber fazer a gestão e colaborar.

Uma questão importante para quem está empreendendo é o gerenciamento de risco. Thaisa explica que o brasileiro em si tem uma cultura muito empreendedora, porém sempre analisa muito bem os riscos envolvidos, como capital investido e novos setores para trabalhar.

Além do mais, existe também o paradigma do julgamento por parte da sociedade quando se está desempregado ou direcionando todo o seu esforço para o empreendimento. “Este profissional acaba tomando para si este conceito que a sociedade tem e acaba se segurando mais em um trabalho CLT do que entrar de cabeça em um empreendimento que a gente não sabe se vai dar retorno ou não. Nada há nada de errado nisso, pois a carteira assinada tem férias remuneradas, décimo terceiro e outros benefícios enquanto que o empreendimento não.”

Por esses motivos é que o risco precisa ser analisado. Existe de fato o cenário de crise e as estatísticas existentes mostram que muitas empresas novas nem chegam aos quatro anos de vida e quebram antes disso: “A taxa de mortalidade de empresas é gigantesca por muitos fatores como carga tributária e a falta de gestão do negócio. Não é só produzir, mas tem que gerir, divulgar, tem que vender, faturar, pagar e todas as outras competências” completa Thaisa.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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