Pedidos de recuperações judiciais aumentam 95% em maio e batem recorde histórico
O número de recuperações judiciais requeridas de janeiro a maio de 2016 foi 95,1 % superior ao registrado no mesmo período do ano passado, revela o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. Foram 755 ocorrências contra 387 apuradas entre janeiro e maio de 2015. O resultado é recorde histórico e o maior para o acumulado dos primeiros cinco meses do ano desde 2006, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências (junho/2005).
As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial de janeiro a maio de 2016, com 433 pedidos, seguidas pelas médias (198) e pelas grandes empresas (124). Na análise mês a mês, o Indicador verificou aumento de requerimentos de recuperação judicial em maio/2016, em relação a abril/2016, alta de 13,6% (184 em maio contra 162 em abril). Já na comparação entre maio/2016 e maio/2015 a alta foi de 87,8%, de 98 para 184. Na verificação mensal de maio, as MPEs também ficaram na frente com 106 requerimentos, seguidas pelas médias empresas, com 49, e as grandes com 29.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o atual quadro recessivo, que já vem se arrastando por dois anos, e as dificuldades na obtenção de crédito, têm prejudicado a solvência financeira das empresas, levando os pedidos de recuperação judicial a recordes históricos recorrentes.
Falências
Nos primeiros cinco meses do ano foram realizados 674 pedidos de falências no país, um aumento de 5,5% em relação a igual período de 2015, quando foram registrados 639. Do total de requerimentos de falência efetuados de janeiro a maio de 2016, 341 foram de micro e pequenas empresas ante 327 em igual período de 2015. 174 foram de médias empresas (em igual período do ano passado, 144) e 159 pedidos de grandes empresas (em 2015, 168).
Ainda segundo o Indicador, em maio/2016, foram requeridas 151 falências, aumento de 14,4% em relação ao mês anterior, quando ocorreram 132 solicitações. Em relação a maio/2015 (com 136 falências requeridas) a alta foi de 11,0%.
As micro e pequenas empresas foram responsáveis pelo maior número de pedidos de falência em maio/2016: 70. Em seguida, as médias, com 44, e grandes, com 37.
