37% das micro e pequenas empresas apontam que a inadimplência em 2017 está maior do que o registrado em 2016

Pesquisa realizada pela Boa Vista SCPC e divulgada pela ACP, referente ao 2º trimestre, com cerca de 600 empresas de todo o Brasil, constatou que as taxas de inadimplência, até o término do ano, deverão ficar iguais ou menores às registradas em 2016. Esta é a percepção de 69% da amostra consultada, sendo que 47% apontaram para uma possível manutenção dos níveis de inadimplência, enquanto 22% indicaram queda destes índices. Em contrapartida, 25% disseram que a inadimplência em 2017 será superior. A pesquisa foi realizada entre 11 de abril e 2 de maio.

Na opinião do economista da Boa Vista SCPC, Flávio Calife, a manutenção ou mesmo a queda da inadimplência esperada pelas empresas corrobora os dados do Indicador de Inadimplência das Empresas divulgado trimestralmente, que iniciou o ano com leve queda de 0,3%, na comparação com o mesmo período de 2016. Na análise da tendência (medida pelos valores acumulados nos últimos 4 trimestres frente aos 4 trimestres anteriores) o mesmo indicador também apresentou consecutivas desacelerações até o 1º trimestre deste ano, quando cresceu apenas 0,6%.

Também de acordo com a pesquisa, quando questionados sobre o nível de endividamento de suas empresas em 2017, 26% dos respondentes afirmaram que já é superior ao de 2016. No 1º trimestre de 2017 esse percentual era de 18%. Na comparação por setor, 29% das empresas do Comércio disseram que o endividamento aumentou. No 1º trimestre deste ano o percentual era de 16%. Por porte, as Pequenas empresas são as que mais sentiram um aumento do endividamento (35%).

Em relação ao faturamento, as empresas do setor da Indústria são as mais otimistas. 53% das empresas desse setor acreditam que o faturamento irá crescer em 2017. Por porte, as Grandes empresas são as mais otimistas (71%).

Já com relação à intenção de demandar crédito, o total de empresas que neste 2º trimestre espera não pedir mais crédito em 2017 foi de 43%, registrando aumento de 9p.p. frente ao resultado observado no trimestre anterior. Em contrapartida, 32% delas têm a expectativa de demandar mais crédito até o final de 2017. Por setor, 45% das empresas do Comércio não tomarão mais crédito no ano. Comparado ao trimestre anterior, este percentual registrou crescimento de 12p.p, passando de 33% para 45%.

Das empresas que declararam procurar por novas linhas de crédito, aumentou de 18% para 27% as que disseram que o principal motivo é o pagamento de empréstimos e credores. Em contrapartida, recuou de 48% para 35% as que tomarão crédito com a finalidade de realizar novos investimentos.

Quando questionadas sobre os motivos que as levaram a tomar mais crédito, no setor de Serviços a maior parte (39%) afirmou que é para pagar empréstimos. Já no Comércio, a maioria (52%) vai alavancar o capital de giro; e no setor da Indústria, 45% vão usar os recursos para novos investimentos.

Perfil das empresas

No universo de 584 empresas participantes, 23% são do setor da Indústria; 35% do Comércio e 42% de Serviços. Destas, 10% são MEI (Microempreendedor Individual); 33% são Microempresas; 23% Pequenas e 17% são Médias e Grandes, respectivamente. 73% dos respondentes ocupam cargos de decisão (sócios, gerentes e diretores).

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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