Pesquisa analisa perfil do profissional web no Brasil e revela que 76% desenvolve páginas web adaptadas para dispositivos móveis

Buscando entender o segmento de desenvolvedores e designers web, a GoDaddy, maior plataforma de cloud dedicada a pequenos negócios e empreendimentos independentes, realizou uma pesquisa global com 1.500 profissionais da área em seis países: Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Índia, Brasil e México. Dentre os resultados, podemos notar como a mobilidade é uma parte importante do trabalho dos desenvolvedores web globalmente, com 69% dos participantes da pesquisa global desenvolvem páginas web adaptadas para dispositivos móveis. A importância da mobilidade não é novidade e não é subestimada em nenhuma das regiões, já que ser mobile-friendly não é mais uma tendência, mas uma realidade:

• Cerca de 37% dos profissionais web brasileiros entrevistados disseram que mais de metade do seu trabalho com desenvolvimento web está focado na entrega de produtos e serviços para dispositivos móveis.

• Em adição a isso, 76,3% dos profissionais web brasileiros entrevistados disseram desenvolver páginas web adaptadas para dispositivos móveis

Um ponto interessante da pesquisa são as diferenças de maturidade de cada mercado, como, por exemplo, no Brasil, esses profissionais trabalham mais em empresas maiores do que nos Estados Unidos, onde tendem a trabalhar mais em pequenas empresas:

• No Brasil, 44,5% dos profissionais web trabalham em empresas com mais de 100 funcionários, enquanto nos Estados Unidos, 15,4% fazem o mesmo.

A questão é que em mercados emergentes como o brasileiro, as condições de trabalho independente ainda não atingiram o nível ideal de acessibilidade e autossuficiência como nos Estados Unidos. “Esse amadurecimento, de certa forma, acompanha o crescimento das micro e pequenas empresas no país, pois conforme elas crescem e se tornam mais complexas, existe uma necessidade maior de contratar profissionais dessa área, já que a presença digital desses micro negócios começa a se tornar mais multifacetado, precisando, por exemplo, de mais customização e serviços mais especializados de tecnologia”, comenta Cristiano Mendes, diretor de produtos para a GoDaddy na América Latina.

Outro reflexo das condições de trabalho para esse setor é a renda. Os desenvolvedores e designers web nos Estados Unidos geram mais receita por cliente do que em qualquer outra região. Enquanto no Brasil eles parecem registrar uma distribuição similar da receita líquida anual dos norte-americanos, por cliente os dados mostram um sinal mais representativo de maturidade de mercado. Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, cerca de 28% dos desenvolvedores web afirmam ganhar entre 5 e 10 mil por cliente, anualmente. Porém, os brasileiros tendem a ter mais de 30 clientes que os americanos, ao passo que os norte-americanos tendem a ter menos de 30 clientes. Inclusive, 40% dos americanos afirmaram gerar mais de 25 mil dólares por cliente, por ano.

Além disso, um ambiente estimulante que ative a produtividade é ideal para qualquer tipo de trabalho. No entanto, desenvolvedores e designers web parecem preferir condições específicas para garantir sua eficiência. Os profissionais independentes, por exemplo, tendem a trabalhar mais em suas próprias casas, pois 53,6% dizem trabalhar principalmente de home office. De fato, o home office é uma tendência global crescente, e desenvolvedores e designers web em outras regiões também parecem preferir a privacidade de suas casas, pois 64,1% dos profissionais web norte americanos afirmam trabalhar de home office.

Porém, como visto anteriormente, muitos desenvolvedores web brasileiros trabalham em grandes empresas, o que pode explicar o segundo local de trabalho mais comum, com 28,5% dos profissionais: um escritório tradicional. Inclusive, 45% trabalha com cronogramas convencionais, ou seja, seguindo horário comercial.

“Enquanto os negócios são muito pequenos, o empreendedor pode facilmente criar e gerenciar sua presença online sozinho, mas conforme a empresa evolui, ele pode precisar de mais funcionalidades e conhecimentos mais técnicos para aplica-las, buscando, assim, um profissional web”, comenta Mendes.

Serviços populares

Para qualquer empresário independente, as mídias sociais são muitas vezes um componente ativo para alcançar clientes, obter novas ideias e compartilhar seu trabalho. Tanto que 64,4% dos desenvolvedores web utilizam o Facebook para seus clientes. Inclusive, o Google Analytics e mídias sociais são ferramentas populares entre desenvolvedores globalmente: no geral, 62,2% disseram que utilizam Google Analytics para seus clientes.

Por fim, a loja online é uma tendência contínua no Brasil, com 61% dos desenvolvedores e designers web dizendo que é o tipo de aplicação que mais integra em seus serviços, juntamente com meios de pagamento (62%). Ganhando, inclusive, do e-mail (60%).

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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