Para superar a crise, setor de papel teve que se adaptar às exigências dos clientes, mas para este ano a aposta é de crescimento

O setor de papel e celulose vem conseguindo sobreviver à crise, porém teve que se adaptar às exigências dos clientes no mercado interno e buscar o mercado externo para manter as receitas. Eu conversei com o CEO do grupo empresarial paranaense Santa Maria, Marcelo Podolan Lacerda Vieira, e ele me disse que para este ano, as expectativas são de crescimento, embora o cenário político incerto acabe interferindo na questão econômica.

O CEO do Grupo Santa Maria, que tem sede em Guarapuava e atua nas áreas de papel, reflorestamento, energia e agricultura, contando com mais de 800 empregados, me explicou que no caso específico de papel, a indústria não cresceu no ano passado, mas conseguiu manter a produção em função das exportações e teve que mudar as características dos seus produtos para atender as exigências dos clientes do mercado interno. Em 2017, a indústria de papéis do grupo faturou R$ 460 milhões. Para este ano, está previsto um faturamento maior, mas não em função do volume de vendas, e sim pelo reajuste no preço dos produtos.

A linha de papéis da Santa Maria é composta por uma variedade de produtos como papel branco, papel para embalagens finas, papéis especiais para a área de confecções, papís para a produção de sacos brancos para farinha de trigo e papéis para sacolas.

Entre seus principais clientes estão o Boticário e a Natura. Para essas empresas, a Santa Maria produz papel para a fabricação de sacolas. Aliás, a empresa paranaense é uma das maiores fornecedoras de papel para fabricação de sacolas do Brasil. Marcelo Vieira me contou que nos três últimos anos, diante da recessão do mercado e a pedido dos clientes, teve que produzir um produto com preços mais acessíveis. No entanto, para este ano, o CEO da Santa Maria prevê que a indústria deva voltar a fabricar produtos semelhantes aos anteriores à crise.

A Santa Maria também produz papel para a produção de cadernos. No ano passado, por exemplo, a indústria de Guarapuava manteve inalterada sua produção de papéis para caderno, embora em 2016 e 2017 as compras dos governos Federal e estaduais tivessem sido bem menores. Segundo Marcelo Vieira, para este ano, deve aumentar o tamanho das licitações, e, em 2019, ao que tudo indica, voltará o volume histórico de compras governamentais. Só para se ter uma ideia, o volume total do mercado de cadernos no Brasil é de 120 mil toneladas/ano.

Por último, visando a melhoria no processo de produção e redução de custos, o Grupo Santa Maria vai investir R$ 8 milhões na sua fábrica de papéis.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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