Tchau, crise! Seis setores que prometem alavancar em 2018

O ano de 2017 foi o período em que a crise econômica começou a entrar em um processo de recuperação, atraindo novos investidores e reduzindo a inflação e os juros em todo o território nacional. Já em 2018, segundo o boletim Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá apresentar um crescimento de 2,7%, enquanto a inflação deverá ficar em 3,96%, fazendo com que a situação seja mais proveitosa para diversos setores da economia. Diante dessa perspectiva, alguns nichos – que já vinham apresentando excelentes resultados – tendem a se superar ainda mais, confira quais são eles:

Varejo Eletrônico

O e-commerce nacional é um dos segmentos mais requisitados e utilizados pela população. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o setor deverá faturar R$ 69 bilhões em 2018, apresentando alta de 15% em relação ao ano anterior, que faturou R$ 59,9 bilhões.

Para o presidente da ABComm, Mauricio Salvador, a receita em 2017 e a projeção para 2018 representam uma recuperação. “O principal impulsionador das compras on-line ainda é a comodidade. Com a retomada econômica, haverá mais investimentos e a chegada de players pesados, como Amazon e Alibaba, fazendo o setor ganhar ainda mais fôlego em 2018”, comenta o executivo.

Outsourcing de impressão

Mesmo em tempos de transformação digital das operações de trabalho, ainda é comum o empresário acumular pilhas de papéis no seu escritório. Além disso, os custos com aparelhos e suprimentos de impressão são elevados. Para lidar com essa demanda, o setor de outsourcing de impressão e digitalização de documentos apresentou crescimento expressivo no último ano e a tendência é de nova expansão em 2018.

“Toda crise vem e passa, essa última durou um pouco mais. Porém a Reis Office nesse período acabou crescendo porque nós continuamos investindo. Continuamos treinando nosso pessoal e com isso saltamos de 200 funcionários para 300”, afirma José Martinho Reis, fundador e presidente da Reis Office, companhia que se especializou na oferta de soluções completas para impressão, digitalização, transmissão e armazenamento de arquivos. Operando no formato outsourcing, a empresa aluga equipamentos de última geração para tiragens de impressão e os mantêm conectados em rede para ganhar velocidade nesse fluxo de transmissão de dados.

Meio de pagamentos

Nessa seara, é possível ver um reflexo direto sobre a situação econômica do país com o aumento de transações realizadas nas maquininhas de cartão. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito (Abecs), em 2017 o setor apresentou crescimento de 7,5%, sendo o terceiro ano seguido com uma expansão inferior a 10%. Porém, a previsão é positiva. Para 2018, a Associação acredita que, apoiada pela retomada financeira, a receita voltará a ultrapassar os dois dígitos.

Varejo físico

Depois de três anos em queda (2014, 2015 e 2016), o comércio brasileiro apresentou, em 2017, alta de 6%, segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). O resultado ainda ficou acima dos 4% previstos inicialmente. Para 2018, o setor deverá apresentar um faturamento maior do que no ano anterior.

Para Felipe Rossetti, sócio-fundador da Piticas, rede de franquias que aposta na confecção de camisetas de ícones da cultura pop e geek, o segmento deverá apresentar uma melhora substancial no decorrer deste ano. “O varejo físico vem de um histórico ruim, com queda de rendimento e faturamento. Em 2017, o cenário se inverteu e houve o primeiro indicador positivo em quatro anos. Para 2018, a expectativa é que a população volte, mesmo que aos poucos, a comprar. Esse movimento se dá, em sua maioria, devido ao retorno da confiança do consumidor.”

Segurança

Esse é um mercado que vem passando por grandes avanços em decorrência de uma revolução tecnológica. “Em 2017 conseguimos fechar parcerias com a prefeitura de São Paulo, com o City Câmeras. Além disso, delineamos crescimento dos projetos em modelo de assinatura, como o Vigilância Solidária, quando diversas pessoas de um mesmo bairro podem se mobilizar para garantir a segurança de toda uma região. Com o uso dessas tecnologias, a área deverá alcançar excelentes resultados, consolidando sua força”, comenta Ricardo Luiz da Tecvoz, empresa especializada no mercado de Circuito Fechado de TV (CFTV).

Segurança digital corporativa

Segundo estimativa da Gartner, o investimento em segurança digital pode chegar a US$ 93 bilhões em 2018, um incremento de 12% em relação ao ano anterior. O setor promete entregar soluções mais completas e precisas.

“O setor voltou aos holofotes devido às recentes ameaças digitais que colocaram em xeque a situação de grandes corporações mundiais. Com a retomada econômica, as empresas tendem a colocar a segurança digital em pauta para se antecipar aos riscos, sendo mais proativas e menos reativas a novos incidentes”, comenta Bruno Prado, CEO da UPX Technologies, empresa de tecnologia especializada em soluções de segurança digital.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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