E-commerce deve se preparar para o Black Friday com o máximo de antecedência

Denis Casita.

Desde que chegou em terras brasileiras, em 2010, a Black Friday, dia de descontos organizado pelo varejo na última sexta-feira de novembro, tem se consolidado como uma das mais importantes datas para o comércio no país, tirando, inclusive, muitos comerciantes do ‘vermelho’. Apenas para ter uma ideia, a data, que costuma zerar os estoques das lojas, movimenta cifras exorbitantes: somente em 2017, o evento movimentou a marca total de R$ 2,1 bilhões.

E apesar de ter se popularizado também nas lojas físicas, o período – bastante aguardado por milhares de brasileiros que buscam comprar produtos e serviços de todos os tipos com grandes descontos – tem como foco prioritário o e-commerce.

Para 2018, esse número tende a aumentar, apesar de esse ano ter sido bastante atípico para o varejo, com eventos como a greve dos caminhoneiros, que causou um prejuízo milionário a algumas categorias de comerciantes, e a Copa do Mundo, a qual costuma aumentar o faturamento de determinados setores, como eletroeletrônicos (televisores e celulares), vestuário (camisetas personalizadas) e outros que desenvolvem produtos que remetem a esse universo da bola, além de bares e restaurantes e hotéis; mas causa retração em outros segmentos que não são vinculados à Copa e acabam sofrendo com as paralisações causadas pelos jogos.

Diante de uma demanda tão crucial para a economia como um todo e para a reputação das marcas envolvidas no processo, é fundamental que as lojas online antecipem o quanto antes o seu planejamento. E não me refiro apenas a detalhes mais óbvios, como controle de estoque e layout customizado. É preciso ficar atento a questões, por exemplo, como segurança, já que essa época é um chamariz para todo o tipo de fraude na internet.

Se o lojista deseja se precaver em relação a isso, principalmente se ele for um micro ou pequeno empresário, precisa reservar uma verba para investir com mais ênfase em segurança da informação, a fim de evitar danos à estrutura da rede e, principalmente, o roubo de informações confidenciais, não só da empresa, mas dos seus clientes. E esse processo, obviamente, não é feito do dia para a noite. É necessário realizar testes de segurança para avaliar os pontos fracos, além de otimizar os serviços utilizando configurações automatizadas, introduzir processos de certificação digital, entre outros detalhes, principalmente se for a primeira vez do e-commerce em um evento de alto impacto.

Outra questão importante que merece antecipação é a criação de campanhas. Caso o empreendedor queira realizar ações assertivas, que engajem um número expressivo de pessoas e torne a marca conhecida antes mesmo da época do Black Friday, fazendo com que o cliente fique ávido pela entrada dos produtos com descontos em seu site (sem nem fazer questão de pesquisar em outros), precisa direcionar uma parte dos investimentos para ações de mídia. Para isso, a recomendação é contratar uma agência especializada em marketing digital que desenvolva e monitore essas atividades, fazendo a gestão de métricas no Google ADS, Facebook e outras plataformas; ou uma equipe para cuidar do marketing do seu negócio.

Sem mencionar, é claro, as etapas do planejamento financeiro, que incluem a avaliação da situação atual da empresa e do cenário econômico, reserva de capital de giro, entre outros detalhes; e de logística, onde devem ser observadas as etapas de frete e entrega. Quem trabalha com e-commerce deve se fazer a seguinte pergunta: “meus fornecedores estão preparados para o crescimento exponencial da demanda nessa época do ano?”.

Enfim, esses são apenas alguns dos exemplos nos quais o empreendedor necessita dispensar atenção, tempo e dinheiro. Estamos há praticamente quatro meses do Black Friday e, enquanto muitos gestores acreditam que o evento esteja distante do ponto de vista do planejamento, na minha opinião, já passou da hora de as empresas iniciarem a sua investida para alcançar o público que ainda não conhece a sua marca ou conquistar de vez aquele que talvez até seja cliente cativo da sua loja física, mas que ainda não tem a confiança necessária ou o hábito de comprar no seu e-commerce. O caminho é longo, mas os resultados o justificam. Antecipe-se e colha os frutos.

O artigo foi escrito por Denis Casita, que é especialista em Marketing Digital e CEO da Performa Web.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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