Debêntures têm volume histórico de emissões este ano

Debêntures têm volume histórico de emissões este ano

O volume das ofertas públicas em 2018 chegou a R$ 217,4 bilhões e já é recorde: supera a média de R$ 177,6 bilhões para o período nos últimos sete anos, de acordo com o Boletim de Mercado de Capitais da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O número de operações, no entanto, é um pouco inferior a 2017, com 548 contra 594.

As debêntures são o destaque do ano, com o maior volume de emissões da história, respondendo por metade de toda a captação do mercado. O volume destes papéis alcançou R$ 108,5 bilhões, com crescimento de 98% na comparação com janeiro a setembro de 2017, e o número de operações passou de 167 para 203. Desse volume, 15% foram emissões de debêntures incentivadas (ativos emitidos com base na Lei 12.431), chegando ao patamar de R$ 15,8 bilhões, com alta de quase 200%.

“Apesar do período eleitoral, o mercado de capitais funcionou com bastante dinamismo e registrou o melhor desempenho nas ofertas de renda fixa na comparação com últimos três anos com eleições (2006, 2010 e 2014)”, afirma José Eduardo Laloni, vice-presidente da ANBIMA.

Houve também crescimento no volume de ofertas públicas de notas promissórias (R$ 23,7 bilhões), fundos imobiliários (R$ 9,9 bilhões), letras financeiras (R$ 5,2 bilhões). As altas foram de 26%, 77% e 158%, respectivamente.

As incertezas de um ano eleitoral impactaram negativamente as ofertas de renda variável. O volume total de ações foi de R$ 6,9 bilhões com queda de 77% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A expectativa é que as empresas acessem o mercado após segundo turno da eleição presidencial. “Há várias emissões ‘represadas’ esperando um ambiente mais propício para irem a mercado” diz Laloni.

Os resultados das captações externas ficaram abaixo da média dos últimos sete anos, totalizando US$ 14,4 bilhões. Além do cenário eleitoral, que provocou a volatilidade do dólar, as operações foram impactadas pela elevação das taxas de juros internacionais e pela retração do investidor estrangeiro aos países emergentes.

“Quando o mercado doméstico está funcionando bem, com profundidade em prazo e em volume, como é o caso, o mercado externo passa a ser mais uma boa alternativa para as empresas decidirem qual será sua política de tomada de recursos”, explica Laloni.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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